Megavazamento revela offshores ligadas a políticos de sete partidos

Em Minas, entre os nomes citados até o momento estão o de um deputado federal e ex-governador

O deputado Newton Cardoso Jr (PMDB-MG) e o pai dele, o ex-governador Newton Cardoso e Gabriel Nascimento de Lacerda aparecem citados no megavazamento de dados de uma empresa panamenha especializada em venda de sigilo em paraísos fiscais. A lista de nomes relacionados à abertura de offshores inclui pessoas ligadas a sete partidos políticos no Brasil: PDT, PMDB, PP, PSB, PSD, PSDB e PTB. Os documentos do escritório Mossack Fonseca integram a investigação Panamá Papers, conduzida por 370 jornalistas, de mais de 100 jornais em 70 países.

Em todo o mundo, 140 autoridades políticas e personalidades internacionais foram citados na investigação - conduzida e publicada no Brasil pelo Uol, Estadão e RedeTV. Também aparecem nos documentos o ex-ministro da Fazenda Delfim Netto, os ex-deputados João Lyra (PSD-AL) e Vadão Gomes (PP-SP) e o ex-senador e presidente do PSDB Sérgio Guerra, morto em 2014. O filho de Luciano Lobão, filho do senador Edison Lobão (PMDB-MA) é outro nome ligado aos negócios do escritório.

Citados de maneira direta ou indireta nos documentos vazados, estão ainda o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), além de Nestor Cerveró e Edison Lobão. Os documentos revelam que, ao menos, 107 empresas offshore estão ligadas a investigados pela Lava-Jato e que a Mossack Fonseca operou para seis grandes empresas e famílias citadas na operação, como a empreiteira Odebrecht e as famílias Mendes Júnior, Schabin, Queiroz Galvão, Feffer e Walter Faria.

De acordo com a investigação Gabriel Nascimento de Lacerda fez negócios com a Mossack Fonseca em 2012: o escritório emitiu documentos para que ele pudesse operar uma conta bancária no Banque Morval, em Genebra, na Suíça. A offshore controlada por Gabriel é a Nessa Properties Limited. Procurado pelo Panamá Papers, Gabriel não respondeu.

Os Cardoso

O deputado federal Newton Cardoso Jr (PMDB-MG) e o pai dele, o ex-governador de Minas Newton Cardoso, usaram empresas offshores para comprar um helicóptero e um flat em Londres. A offshore Cyndar Management LLC foi aberta em 2007 - sete anos antes de Cardoso Jr. ser eleito deputado. O helicóptero foi comprado por US$ 1,9 milhão em 2007 e vendido por US$ 1 milhão em 2013.

O pai, Newton Cardoso, por sua vez, adquiriu a offshore em outubro de 1991, quando ainda era governador de Minas. A Desco Tradinf Ltd. foi usada para comprar um flat em Londres, em julho de 1992, pouco depois de Newton deixar o governo mineiro, avaliado em 1,2 milhão de libras. A família de Newton Cardoso nega irregularidades.

Fonte: EM

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