Mais de 30% do Queijo Minas do Estado é produzido nos 19 municípios da região do Cerrado

Esta delícia está presente nas mesas dos brasileiros graças, em muito, à região de Patos de Minas, conhecida como Cerrado Mineiro, que é responsável por mais de 30% de todo o queijo que é produzido em Minas Gerais.

Se tem um produto que está intimamente ligado aos mineiros e a Minas Gerais é o Queijo Minas Artesanal. Esta delícia está presente nas mesas dos brasileiros graças, em muito, à região de Patos de Minas, conhecida como Cerrado Mineiro, que é responsável por mais de 30% de todo o queijo que é produzido em Minas Gerais.

Patos de Minas tem a maior bacia leiteira do Estado e a segunda maior do país. Essa importância na produção de leite se estende a toda a região. E há quem diga que, se for levada em conta a quantidade de leite utilizada na produção de queijos, o Cerrado pode ser considerado com a maior região produtora de leite do país.

São mais de 9,5 mil toneladas de Queijo Minas Artesanal por ano, conforme estimativa da Emater-MG, nos 19 municípios que compõem a região do Cerrado. São eles: Abadia dos Dourados, Arapuá, Carmo do Paranaíba, Coromandel, Cruzeiro da Fortaleza, Guimarânia, Lagamar, Lagoa Formosa, Matutina, Patos de Minas, Patrocínio, Presidente Olegário, Rio Paranaíba, Santa Rosa da Serra, São Gonçalo do Abaeté, São Gotardo, Vazante, Tiros e Varjão de Minas.

Além do Cerrado, existem outras nove regiões oficialmente caracterizadas em Minas Gerais: Araxá, Campo das Vertentes, Canastra, Diamantina, Entre Serras da Piedade ao Caraça, Serra do Salitre, Serras da Ibitipoca, Serro e Triângulo Mineiro.

O Queijo Minas Artesanal do Cerrado conquista paladares país afora pelo seu sabor suave e massa cremosa. Outra característica da região é reunir produtores de diferentes portes, desde familiares a grandes empreendedores, como o Eudes Braga, do município de Carmo do Paranaíba, um dos maiores produtores da região. Na sua família não havia a tradição de produzir queijo, mas ele era amante da iguaria e percebeu nessa demanda uma oportunidade de negócio. “Identificamos um mercado exigente, que queria consumir esse produto, mas com qualidade. A grande vontade que nasceu foi essa, produzir um queijo com qualidade, rastreabilidade e certificação”, comenta.

Ele começou pequeno, lá em 2004 com apenas uma bezerra. Em 2005, já havia adquirido mais novilhas. Dois anos depois, iniciou efetivamente a produção do queijo e, em 2008, já tinha conquistado a certificação. Atualmente produz cerca de 400 quilos de Queijo Minas Artesanal por dia.

A história e dedicação dos produtores, as características do Cerrado mineiro, de clima, solo, água, o tipo de animais criados por aqui, tudo isso gera uma identidade única para o queijo do Cerrado, que conquistou, em agosto de 2023, o reconhecimento de Indicação Geográfica (IG) pelo Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

O pedido de Indicação Geográfica, na espécie Indicação de Procedência (IP), foi solicitado pela Associação de Produtores de Queijo Minas Artesanal do Cerrado (Aprocer).

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