Líder de movimento sem-terra é acusado de sumir com dinheiro depositado por trabalhadores

Eles alegam que o homem que coordenou a invasão desapareceu com todo o dinheiro depositado pelos trabalhadores.

Divino - Líder do Sem Terra.

Trabalhadores rurais que fizeram parte do grupo que invadiu a Fazenda Experimental da Epamig foram a Delegacia da Polícia Civil na manhã desta segunda-feira (28) denunciar o líder do Movimento de Trabalhadores Sem-Terra – MST. Eles alegam que o homem que coordenou a invasão desapareceu com todo o dinheiro depositado pelos trabalhadores no que seria um fundo.

No depoimento prestado à Polícia Civil, os trabalhadores afirmam que foram induzidos e iludidos pelo líder do Movimento Sem-terra, Divino Santos. “Ele dizia o tempo todo que a terra já era nossa e que ninguém tiraria a gente dali”, afirmou um dos denunciantes que preferiu não se identificar. Ele esclareceu como funcionava o acampamento.

Segundo o trabalhador, Divino Santos cobrava uma mensalidade de R$ 150,00 por mês de cada pessoa que não permanecia debaixo dos barracos de lona. O dinheiro seria depositado em um fundo.  Além disso, todos eram obrigados a contribuir para custear despesas com viagens e hospedagens das lideranças do movimento, entre outros gastos como o pagamento de um agrimensor para dividir a terra, o que nunca aconteceu.

Dr. Luiz Mauro Sampaio - Delegado de Polícia.

A invasão à Fazenda Experimental da Epamig aconteceu em janeiro do ano passado. Mais de 60 famílias montaram acampamento na propriedade que pertence ao Governo de Minas. Em Julho deste ano, após decisão da Justiça determinando a reintegração de posse, os sem-terra foram obrigados a deixar o local. Desde então o líder do movimento não foi mais visto pelos trabalhadores.

Eles alegam que Divino foi embora levando todas as contribuições feitas ao longo de cerca de um ano e meio. Os trabalhadores calculam que o suposto fundo esteja com aproximadamente R$ 80 mil. O delegado Luiz Mauro Sampaio está ouvindo as vítimas e abriu um inquérito para apurar o caso.

Autor: Maurício Rocha

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