Lembra do vendedor de flores Élcio Peres? Família faz apelo por um tratamento digno

Élcio enfrenta graves problemas psicológicos e a família está em busca de ajuda para conseguir um tratamento adequado para ele.

Élcio Peres é bastante conhecido em Patos de Minas. Durante décadas, ele ganhou a vida vendendo flores e outros artigos na noite. Dependente de álcool e drogas, no entanto, Élcio enfrenta graves problemas psicológicos e a família está em busca de ajuda para conseguir um tratamento adequado para ele.

Quem cuida do Élcio é o irmão Luís Celso Peres. Ele conta que Élcio apresenta problemas mentais desde a adolescência, mas que a situação se agravou muito com o envolvimento em álcool e drogas. Luís afirma que já são mais de 30 anos de dificuldades e muito sofrimento para a toda a família e principalmente para a mãe.

Luís reclama da falta de assistência no município. “Ele não tem benefício, não tem nenhum salário”, afirma ele. Élcio ficou internado em Clínica de Reabilitação, mas sem acompanhamento acabou voltando a usar drogas. “A situação dele é gravíssima, porque ele está com transtorno mental e já não consegue conviver com a realidade né, que a sociedade quer impor para um doente mental”, disse.

Luís Celso reclama do atendimento do CAPs AD de Patos de Minas, que não estaria oferecendo atendimento adequado para esse tipo de caso. Ele diz que existem outras famílias nessa mesma situação em Patos de Minas e pede providências do poder público.

Élcio está com 55 anos. Luís faz um apelo às pessoas para que entendam que o irmão está doente. “Eu pedi para a população para entender que ele é doente, para não ficar criticando”, explicou. Ele também cobra um auxílio das autoridades. “Ele precisa de uma internação urgente e de remédios. A gente está correndo atrás, eu sou irmão não posso abandonar, mas a situação é complicada”, disse  Luís.

A redação do Patos Hoje encaminhou a reclamação da família de Élcio à assessoria de comunicação da Prefeitura e recebeu seguinte resposta: "Élcio Peres recebe acompanhamento da Secretaria Municipal de Saúde desde 15/7/2013, e sempre foi atendido no CAPS. A partir de 13/1/2020, o irmão dele tem procurado o CAPS AD, o qual está atendendo às suas solicitações desde então. Vale explicar que o paciente não tem adesão ao tratamento, e a acolhida e o tratamento no centro não são compulsórios.

O prontuário de Élcio detalha todas as vezes em que foi feita a busca ativa por ele e oferecido o acolhimento no CAPS. No último dia 10/6, por exemplo, ele tinha consulta marcada com o psiquiatra e não compareceu. Nenhum relatório, seja para a família buscar internação compulsória via Justiça ou benefícios sociais, pode ser feito sem o próprio paciente ser avaliado pelo médico e apresentar os seus documentos.

Também cabe ressaltar que o CAPS AD não é um albergue, portanto o paciente não tem o local como residência. É sim oferecido o acolhimento por 14 dias, podendo ser prorrogado por mais 14 dias, para desintoxicação e demais atendimentos previstos nas portarias 130 (26/1/2012) e 854 (22/8/21), as quais regem os serviços da Rede de Atenção Psicossocial".

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