Jovem que assaltou comércios se arrepende e se entrega à polícia para livrar inocentes

Carlos Magno Carvalho confessou que foi um dos autores dos assaltos ocorridos na quinta-feira (12).

Carlos se apresentou espontaneamente à autoridade policial na companhia do advogado Willian Custódio.

Um jovem de 24 anos se entregou à Polícia Civil de Patos de Minas nesta segunda-feira (16). Carlos Magno Carvalho confessou que foi um dos autores dos assaltos ocorridos na quinta-feira (12). Ele disse que os dois jovens presos pela Polícia Militar momentos após os crimes não têm qualquer ligação com os delitos e eles estão presos injustamente.

Carlos se apresentou espontaneamente à autoridade policial na companhia do advogado Willian Custódio. Ele levou a camiseta branca que usava no dia dos crimes e ainda a réplica de pistola que usou para tentar assaltar uma padaria no Bairro Alvorada e também roubar um comércio no Bairro Bela Vista. No primeiro, ele nada levou. Já no segundo, roubou R$150,00.

Carlos contou que o motivo de ter se entregado foi o arrependimento. Ele disse que um dos que foram presos está com a esposa grávida. A tristeza do pai do outro também o comoveu a confessar. Sabendo que dois inocentes estavam presos injustamente, ele contou toda a história e procurou o advogado de um dos presos. “Meu coração doeu. Não quero que inocentes paguem pelo que fiz”, disse.

Carlos também disse que no dia dos crimes ele não agrediu ninguém e apenas pediu o dinheiro. “Estou desempregado há cinco meses e não consigo serviço por ser ex-detento”, afirmou argumentando que está sendo discriminado. Após os crimes, Carlos teria fugido pulando muros quando a polícia chegou e acabou sobrando para os dois jovens que estavam em uma casa na Rua Cariranhas, Bairro Jardim Esperança.

Com relação ao comparsa, Carlos preferiu não indicar quem seria para não se comprometer e deixou o trabalho com a Polícia Civil. A expectativa é de que ele também se entregue para comprovar a inocência dos jovens presos. Carlos já possui outras passagens policiais, mas afirmou que vai mudar de vida. “Só tive prejuízos. Vou procurar uma igreja. Não quero mais essa vida de crimes”, falou.

O advogado Willian Custódio criticou o trabalho da Polícia Militar. Segundo ele, a prisão foi totalmente injusta. Com relação à droga, a filha da moradora da residência já confessou que a droga lhe pertencia. O defensor explicou que a justiça vai analisar a situação e espera que os dois jovens que estão presos ganhem a liberdade o mais rápido possível.

Carlos está sendo ouvido pela delegada Fabiana Barreto. Como não existe mandado de prisão e ele está fora do flagrante, o jovem deve ser liberado.

Autor: Farley Rocha

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