IPCA-15 acelera menos que o esperado em janeiro com energia elétrica, mas volta à meta

Segundo o IBGE, Habitação foi o único grupo a registrar deflação em janeiro, de 0,41 por cento, depois da alta de 0,43 por cento em dezembro.

A prévia da inflação oficial brasileira acelerou menos do que o esperado em janeiro por conta da queda nos preços da energia elétrica, mas voltou à meta e ainda mantém o caminho aberto para o Banco Central continuar reduzindo os juros básicos.

O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo-15 (IPCA-15) avançou 0,39 por cento em janeiro, contra 0,35 por cento no último mês do ano passado, informou nesta terça-feira o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

No acumulado em 12 meses, o IPCA-15 acelerou a 3,02 por cento, sobre 2,94 por cento em dezembro, voltando por pouco a superar o piso da meta após fechar 2017 abaixo do objetivo.

É a primeira vez desde junho do ano passado que o IPCA-15 fica dentro da faixa de tolerância da meta do governo --de 4,5 por cento pelo IPCA, com margem de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo.

Ambos os resultados ficaram abaixo das expectativas em pesquisa da Reuters, de avanço de 0,44 por cento na base mensal e chegando a 3,07 por cento em 12 meses.

Segundo o IBGE, Habitação foi o único grupo a registrar deflação em janeiro, de 0,41 por cento, depois da alta de 0,43 por cento em dezembro. O resultado se deveu ao retorno da bandeira tarifária verde no mês --que não implica em custo adicional nas tarifas aos consumidores-- e deixou as contas de energia elétrica 3,97 por cento mais baratas.

Por outro lado, a principal pressão de alta em janeiro para o resultado do IPCA-15 partiu do grupo Alimentação, com avanço de 0,76 por cento após deflação de 0,02 por cento em dezembro, movimento de retomada da inflação já esperado e que confirma o fim da persistente queda dos preços por sete meses seguidos.

Transportes foi o grupo que apresentou a maior alta, de 0,86 por cento, em janeiro, porém desacelerando sobre 1,16 por cento do mês anterior. A influência veio principalmente da alta de 2,54 por cento dos combustíveis, após reajustes implementados pela Petrobras.

Sinais de maior pressão inflacionária neste início de ano, principalmente diante da alta dos preços de alimentos, reforçaram apostas no mercado de que o BC pode fazer em fevereiro o último corte da Selic do atual ciclo de afrouxamento monetário.

A expectativa é de redução de 0,25 ponto percentual, levando a taxa básica de juros a 6,75 por cento, e as apostas de segundo corte diminuíram após a inflação ter acelerado com mais força no final de 2017.

No mercado de juros futuros, as apostas eram amplamente majoritárias de que a Selic será reduzida em 0,25 ponto percentual em fevereiro e de cerca de 25 por cento de novo corte em março.

Fonte: Agência Reuters

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