Hospitais de Patos de Minas tem mais de 50 pedidos por leitos de pacientes com Covid-19

Não há vagas nem nos hospitais públicos e nem na rede particular.

Mais de 50 pacientes com complicações pela Covid-19 estão na fila para conseguir um leito clínico ou de UTI nos hospitais de Patos de Minas. A cidade é polo de uma região composta por 33 municípios da região Noroeste de Saúde, mas enfrenta problemas com a superlotação causada pelo agravamento da pandemia. Não há vagas nem nos hospitais públicos e nem na rede particular.

A Central de Regulação, órgão que recebe as demandas dos pacientes e providencia encaminhamento para os leitos que estiverem disponíveis, apresentou os números nessa quarta-feira (10). O Patos Hoje apurou que a fila continha 28 pacientes aguardando um leito de UTI e 30 pacientes à espera de um leito clínica. A secretária municipal de saúde, Ana Carolina Magalhães, confirmou os números durante participação no Contraponto.

Até a tarde dessa quarta-feira (10), os hospitais públicos e particulares de Patos de Minas tinham internados 220 pacientes com Covid-19, sendo 135 em leitos clínicos e 65 em leitos de UTI. Esse número é muito maior do que a capacidade da rede municipal. A ocupação total atingiu 267% em leitos clínicos e 166,67% em leitos de UTI. Os números mostram que muitos pacientes estão sendo atendidos nos corredores, em macas e cadeiras.

Os pacientes são de diferentes cidades, mas a grande maioria é de Patos de Minas. Dos 220 pacientes internados, 171 são patenses já com exames confirmados para Covid-19. Como o número total de pacientes internados inclui também aqueles que ainda aguardam resultados de exames, o número de pacientes de Patos de Minas no total de internados pode ser ainda maior.

Com o agravamento da pandemia em Patos de Minas, o Hospital de Campanha teve que ser ampliado de forma emergencial. O número de leitos de UTI passou de 9 para 20 e chegará a 30 com a abertura de 10 novos leitos nos próximos dias. Existe um chamamento em aberto para a contratação de mais médicos e uma nova ala começará a funcionar nesse final de semana com poltronas para receber pacientes.

Quando não há vagas em uma região, a Central de Regulação encaminha os pacientes para outras regiões do Estado, onde houver a vaga disponível naquele momento. Segundo a secretária municipal de saúde, Ana Carolina Magalhães Caixeta, a grave situação da ocupação dos hospitais deve durar por mais algum tempo, uma vez que os pacientes de Covid-19 geralmente estão passando mais de 10 dias internados.

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