Governo propõe a servidores aumento em auxílios, sem reajuste salarial
Uma das propostas é reajuste de 52% no auxílio-alimentação
O governo federal propôs aumentos em auxílios, como
alimentação e saúde, sem apresentar proposta de reajuste salarial em 2024 para
os servidores do Executivo. Nesta segunda-feira (18), ocorreu a última reunião
do ano da Mesa Nacional de Negociação Permanente, do Ministério da Gestão e da
Inovação em Serviços Públicos (MGI).
O secretário de Relações de Trabalho, José Lopez Feijóo,
explicou, em comunicado, que as limitações orçamentárias não permitem avançar
na recomposição salarial. Segundo ele, a proposta apresentada já é resultado de
“enorme esforço” de negociação da ministra Esther Dweck para abrir espaço no
Orçamento da União.
Feijóo também ressaltou que, em 2023, o governo concedeu um
reajuste salarial linear de 9% aos servidores do Executivo. O
auxílio-alimentação também aumentou em 43%, passando de R$ 458 para R$ 658
mensais.
A proposta apresentada ontem é de reajuste de 52% no
auxílio-alimentação a partir de maio de 2024, passando de R$ 658 para R$ 1 mil.
Também foi proposto aumento na assistência à saúde complementar per capita
média (auxílio-saúde), que hoje é de R$ 144,38, para em torno de R$ 215
(aproximadamente 49%). E, ainda, acréscimo na assistência pré-escolar
(auxílio-creche), que passando de R$ 321 para R$ 484,90 (cerca de 51% a mais).
De acordo com o governo, com a medida, o benefício do
Executivo passa a se aproximar ao dos demais Poderes, em atendimento à demanda
dos servidores. O secretário José Feijóo informou que a preocupação central do
governo é uma maior isonomia remuneratória. Como o aumento é sobre benefícios e
não sobre o próprio salário, o impacto é maior em que ganha menos.
“É uma proposta que busca maior equilíbrio entre os menores
e as maiores remunerações. Estamos em busca de maior proporcionalidade, ao
atuarmos contra as disparidades existentes”, esclareceu.
Os novos valores foram propostos na Lei Orçamentária do ano que vem e estão para aprovação do Congresso Nacional.
Fonte: Agência Brasil