Golpes por telefone e pela internet crescem na pandemia e fazem vítimas na região

Em Patos de Minas e na região, os índices desse tipo de golpe tem crescido, assim como no resto do Brasil.

A pandemia de Covid-19 fez com que muitas pessoas e estabelecimentos passassem a utilizar mais o telefone e a internet para a comunicação com seus parentes, amigos e clientes. Porém, golpistas têm se aproveitado da necessidade do contato virtual para enganar a população e cometer crimes. Em Patos de Minas e na região, os índices desse tipo de golpe tem crescido, assim como no resto do Brasil.

“Existem várias ocorrências com base em diversos crimes perpetrados via telefone e rede mundial de computadores”, afirma o delegado regional Luis Mauro Sampaio Pereira. Ele conta que o número de golpes pode ser ainda maior que o registrado, já que há pessoas que não procuram as autoridades depois de serem vítimas do ato criminoso. “Existe também uma cifra negra, que são daquelas pessoas que, quando enganadas, não procuram a delegacia para que possamos tentar identificar o autor e restituir eventuais bens perdidos por conta da ação criminosa”.

Duas moradoras do bairro Novo Horizonte, em Patos de Minas -  Izla Gonçalves, de 30 anos, e sua mãe, uma senhora de 52 anos - por pouco não caíram nesse tipo de fraude. “Eu estava na casa da minha mãe quando ela recebeu uma ligação”, conta Izla. “A pessoa do outro lado ficava dizendo que era um parente de longe e perguntando se ela não reconhecia a voz. Ela acabou dizendo o nome de um parente, e o golpista começou a criar uma história em volta desse nome”.

Segundo ela, o homem assumiu a identidade desse parente e afirmou que estava viajando para Patos de Minas quando seu carro teria estragado no meio da BR-040. O golpista pediu a ela que lhe emprestasse R$950,00 e enviou o número de uma suposta seguradora, para que a vítima entrasse em contato e acertasse os detalhes do pagamento.

Em um primeiro momento, Izla e sua mãe não perceberam que se tratava de uma fraude e procuraram a seguradora. O número direcionou a um comparsa do criminoso, que se passou por um funcionário e afirmou às vítimas que o pagamento precisaria ser feito via transferência bancária ou no dinheiro à vista.

A vítima retornou a ligação ao golpista e explicou como o pagamento precisava ser efetuado. O suposto familiar, então, pediu a ela que enviasse mais R$50,00, para que ele pudesse fazer uma recarga. Desconfiada, já que o “parente” teria decidido viajar durante a pandemia de Covid-19 e sem avisar, Izla procurou outras pessoas da família para conferir se o número de telefone que a havia procurado de fato pertencia àquela pessoa. Imediatamente, um familiar negou e a alertou de que se tratava de uma tentativa de golpe.

Logo depois, o criminoso ligou novamente, perguntando se ela já havia efetuado a transferência. A vítima pressionou o golpista, que desligou o telefone e não voltou a entrar em contato. Depois do susto, Izla faz um alerta à população sobre esse tipo de golpe, que por pouco não causou um grande prejuízo.

“Para uma pessoa que está em uma situação complicada, sem tempo para analisar tudo, é fácil acabar caindo nesse golpe. Como eu estava na casa da minha mãe, graças a Deus nós fomos livres de cair nisso. Talvez, se ela estivesse sozinha, ela poderia ter depositado o dinheiro”, contou Izla.

Segundo Luis Mauro Sampaio, a melhor forma de se proteger de golpes é ter cautela ao utilizar a internet e o telefone.

“No caso das compras online, por exemplo, é preciso ter cuidado naquela compra, saber que as pessoas não estão vendendo nada muito barato. Também não se pode achar que vão pagar um valor mais alto por uma mercadoria que você está vendendo. A palavra-chave é cautela”, recomenda o delegado.

Caso perceba que está sendo alvo de uma tentativa de golpe ou que já tenha sido enganada, Luís Mauro Sampaio recomenda que a vítima entre em contato com o banco para bloquear o acesso às suas contas e impedir novas retiradas. Além disso, a vítima deve procurar a Polícia o mais rápido possível.

“A pessoa deve ir à Delegacia registrar o boletim de ocorrência, para evitar maiores danos. Pode haver a situação de usarem o nome da vítima para fazer compras, ou de clonarem os cartões ou o Whatsapp. Por isso, ela deve fazer o boletim para formalizar a ocorrência e para iniciar a investigação”, explica.

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