Garoto de 8 anos mantido no CAPs de Patos de Minas vive o drama de não ter pra onde ir
O garoto permanece no CAPs AD, junto com adultos, até que os órgãos públicos encontrem um local adequado para abriga-lo.
Quando a gente pensa na rotina de um garoto de 8 anos o que vem à memória são brincadeiras, a convivência com a família e com os colegas de escola. Entretanto, para um menino com esta mesma idade em Patos de Minas a vida tem sido bem diferente. O garoto permanece no CAPs TM, junto com adultos, até que os órgãos públicos encontrem um local adequado para abriga-lo.
O Patos Hoje já fez reportagens relacionadas ao garoto. Ele é o menino que foi espancado pela mãe após chegar em casa com brincos na orelha. A mulher foi presa. Ela espancou filho e ameaçou picar o menino e jogar na porta do Conselho Tutelar. O pai é portador de deficiência e não tem condições de cuidar da criança. Ele também já passou por casas que abrigam menores em situação de risco, mas hoje essas entidades afirmam que não tem condições de recebe-lo.
Segundo a conselheira tutelar, Valéria Elias, embora tenha apenas 8 anos, a condição do garoto é mais difícil do que se imagina. Ele foi diagnosticado com TOD — Transtorno Opositivo Desafiador, Autismo e TDAH — Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade. A convivência com o menino não é fácil.
De acordo com o Conselho Tutelar, ele já fez quebradeira na escola, quebrou as TVs da casa abrigo onde estava vivendo e, por último, durante uma audiência, fez quebradeiras até na sala do juiz. Segundo o Conselho Tutelar, quando está em surto, o garoto fica incontrolável e bastante agressivo. Ele machucou o irmão mais novo de tal forma que o menino precisou passar por cirurgia.
Valéria Elias explicou, no entanto, que o garoto não está abandonado. Ela informou que todos os órgãos, Conselho Tutelar, Conselho dos Direitos da Criança e do Adolescente, Ministério Público, Poder Judiciário e Prefeitura estão envolvidos em busca de uma solução para o problema. Segundo ela, a Administração Municipal inclusive liberou recursos para bancar uma instituição mesmo fora do Estado para que o menino seja abrigado de forma adequada.