Filha denuncia padrasto de se apropriar dos bens após a morte da mãe

A filha ficou ainda mais indignada ao descobrir que a casa está à venda, o que é proibido devido ao terreno ter sido doado pela prefeitura.


Uma moradora de Patos de Minas procurou o Patos Hoje para contar um ocorrido que tem lhe tirado o sono. Ariana Fernandes de Oliveira disse que construiu uma meia-água nos fundos da casa da mãe, mas, após a morte dela, foi expulsa da residência pelo padrasto. A filha ficou ainda mais indignada ao descobrir que a casa está à venda, o que é proibido devido ao terreno ter sido doado pela prefeitura.

Ariana Fernandes disse que a mãe, Ilma Fernandes, trabalhava em uma escola da zona rural e levava a vida com muita dificuldade. Ela contou que a mãe precisava pegar carona com leiteiros e outras pessoas, além de andar a pé por vários quilômetros até chegar na escola para trabalhar. Ilma fazia o mesmo trajeto diariamente até ser transferida para outro cargo na cidade.

No dia 28 de dezembro de 2000, Ilma ganhou um terreno da Prefeitura Municipal, localizado no bairro Jardim Esperança II. O documento ressaltou que “foi feita uma pesquisa criteriosa” para Ilma ser selecionada. Por meio do documento, a prefeitura esclareceu que o terreno e a casa não poderiam ser vendidos ou alugados, ou a doação seria cancelada.

Segundo Ariana, após a mãe receber o imóvel, familiares e amigos ajudaram com doação de materiais e a mão de obra para a construção da casa. Ariana disse que, na época, a mãe estava separada do padrasto, mas, após tudo ser construído, ele a procurou novamente e os dois reataram o relacionamento. Tempos depois, Ilma e o esposo se mudaram para o Distrito de Pilar.

Ariana contou que, quando a mãe se mudou, foi permitido que fosse construída uma meia-água nos fundos da residência. Com ajuda de familiares e amigos, Ariana fez a construção e passou a morar no local. De acordo com ela, a mãe e o padrasto tinham uma relação conturbada, tendo eles se separado e voltado outra vez.

Segundo Ariana, a mãe morreu no dia 10 de agosto de 2023 e, desde então, o padrasto proibiu que ela entrasse na residência. Ela contou que até os pertences ficaram dentro da residência. Ariana teria entrado apenas uma vez, quando o homem pediu para que ela buscasse as fotos da família.

Ariana disse que tentou conversar com o padrasto, por diversas vezes, mas ele não permitiu e estaria fazendo registro de ocorrência contra ela, afirmando que ela o estaria perseguindo. Ariana ainda foi informada de que a casa foi alugada recentemente e que atualmente está à venda. Ambas as práticas são proibidas, devido ao local ter sido doado pela prefeitura.

A mulher contou que tem três hérnias de disco, desgastes no quadril e osteoporose, além de fazer tratamento contra depressão, condições que a impedem de trabalhar. Com um filho pequeno para criar, a mulher mora de favor e ganha doações, além de receber o Bolsa Família. Ela disse que procurou a reportagem como um pedido de socorro para encontrar uma solução para o problema.

O Patos Hoje entrou em contato com o padrasto, por meio do número informado no anúncio de venda. Ele informou que não está em Patos de Minas e que, quando retornar, irá procurar a nossa reportagem para apresentar a sua versão do ocorrido.

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