Febraban alerta população sobre golpes aplicados pelo Pix; saiba como se proteger

A Febraban alerta para as tentativas de fraude registradas com o sistema, em que os estelionatários enganam as vítimas para que elas forneçam informações pessoais e confidenciais que possibilitam acesso à sua conta bancária.

Rápido, gratuito e liberado em qualquer dia da semana, o Pix ganhou popularidade entre os cidadãos brasileiros desde seu lançamento, em novembro de 2020. Porém, o novo serviço de transferência de dinheiro não está isento de ser utilizado por golpistas. A Federação Brasileira de Bancos (Febraban) alerta para as tentativas de fraude registradas com o sistema, em que os estelionatários enganam as vítimas para que elas forneçam informações pessoais e confidenciais que possibilitam acesso à sua conta bancária.

Em fevereiro, o Patos Hoje mostrou que diversas pessoas em Patos de Minas tiveram suas contas na Caixa Econômica Federal zeradas devido a um golpe aplicado por meio do uso indevido do Pix. Em uma das ocorrências, um senhor de 66 anos relatou à Polícia Militar que havia depositado em sua conta um cheque no valor de R$1.500,00. No dia seguinte, a vítima cadastrou uma chave pix em sua conta caixa e alegou ter sido hackeado. O dinheiro havia sido transferido para uma conta Bradesco no nome do desconhecido Felipe de Oliveira Nascimento.

Outra fraude envolveu um jovem de 28 anos. Ele relatou que, no dia 20 de fevereiro, percebeu que seu aplicativo da Caixa estava bloqueado. No dia seguinte, ele tentou realizar uma compra com o cartão de débito e constatou que já não tinha saldo em conta. Então, o rapaz foi até a agência e consultou seu extrato, confirmando que seu saldo bancário havia sido retirado.
Ele relatou à Polícia que alguém desconhecido conseguiu transferir de sua conta caixa, através de pix, o valor de R$1447,00 para uma conta do Banco Inter, em nome de Jefferson Ricardo Costa Ramos. Nos dois casos, as vítimas foram orientadas a procurar a Delegacia de Polícia Civil e a própria Caixa Econômica Federal.
De acordo com o CEO da Zipdin, empresa digital de liberação de crédito para pessoas e empresas, Francisco Carvalho, a atenção é fundamental na hora de realizar qualquer tipo de operação online para evitar golpes como esses.

"Com a digitalização dos serviços financeiros, é importante estar atento. Cada vez mais pessoas fazem compras e pagamentos por meio dos seus smartphones ou computadores, mas não sabem como se proteger dessas fraudes. É importante ter cuidado com supostas mensagens enviadas pelo banco, não clicar em qualquer link que receber e, principalmente, conferir antes o endereço do site em que está inserindo os seus dados", afirma o executivo.

Para ajudar a tirar as principais dúvidas, Carvalho listou algumas dicas importantes para evitar fraudes bancárias, baseadas nas recomendações da Febraban. Confira:

• Clonagem do Whatsapp: neste tipo de golpe, os criminosos enviam uma mensagem pelo aplicativo fingindo ser de empresas em que a vítima tem cadastro. Depois, solicitam o código de segurança, que já foi enviado por SMS pelo aplicativo, afirmando se tratar de uma atualização de cadastro. Com o código, conseguem replicar a conta de WhatsApp em outro celular. A partir daí, enviam mensagens para os contatos da pessoa, fazendo-se passar por ela e pedindo dinheiro emprestado por transferência via Pix. Uma medida simples para evitar que o WhatsApp seja clonado é habilitar a opção "Verificação em duas etapas".

• Engenharia social com WhatsApp: esse é um tipo mais comum. O criminoso escolhe uma vítima, pega uma foto dela em redes sociais, cria uma nova conta no WhatsApp e, de alguma forma, consegue descobrir números de celulares da sua lista de contatos. Na sequência, o bandido manda mensagem para amigos e familiares da vítima, alegando que teve de trocar de número devido a algum problema. Em seguida, pede uma transferência via Pix, dizendo estar em alguma situação de emergência. Nesse caso, a orientação é ter cuidado com a exposição de dados em redes sociais, como, por exemplo, em sorteios e promoções que pedem o número de telefone do usuário.

• Falso funcionário de banco ou centrais telefônicas: aqui, o golpista entra em contato com a vítima se passando por um falso funcionário do banco ou empresa com a qual o cliente tem algum tipo de ligação, oferece ajuda para que o cliente cadastre a chave Pix e o induz a fazer uma transferência bancária. A Febraban alerta que os dados pessoais do cliente jamais são solicitados ativamente pelas instituições financeiras, tampouco funcionários de bancos ligam para clientes para fazer testes com o Pix.

• Bug do Pix: esse tipo de golpe apresenta uma "falha" ao executar qualquer atividade no sistema eletrônico. O próprio Banco Central já alertou que não há qualquer "bug" no Pix. A Febraban ressalta que o cliente sempre deve desconfiar de mensagens que prometem dinheiro fácil e que chegam pelas redes sociais ou e-mail.

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