Estudantes do IFTM e da UFU fazem protesto no centro de Patos de Minas contra os cortes na educação

A intenção é sensibilizar o Governo Federal para não promover os cortes na educação.

Os alunos do IFTM protestaram pela manhã e os universitários da UFU pela tarde.

Estudantes do Instituto Federal do Triângulo Mineiro – IFTM – e da Universidade Federal de Uberlândia-UFU- fizeram manifestos nesta quarta-feira (15) em Patos de Minas. Os alunos do IFTM protestaram pela manhã e os universitários da UFU pela tarde. A intenção é sensibilizar o Governo Federal para não promover os cortes na educação. Eles alegam que o contingenciamento das verbas para instituições federais anunciado pelo Ministério da Educação, pode comprometer a educação no país.

Os estudantes levaram cartazes e, com palavras de ordem, tentaram sensibilizar as pessoas que passavam pelo local para a causa da educação. Nathane Barbosa e Maria Gabriella Gomes, estudantes do IFTM de Patos de Minas, ressaltaram a qualidade do ensino que é oferecido pela instituição e a preocupação com o corte de verbas. As manifestações contra os cortes na educação acontecem nos quatro cantos do país. Em Patos de Minas, os estudantes da UFU também realizam protesto.

Os estudantes da UFU também realizaram um protesto. À tarde, universitários se reuniram na frente do campus na Avenida Getúlio e, para sensibilizar o Governo Federal, mostraram um pouco do trabalho que é desenvolvido dentro da universidade. Vários cartazes foram afixados do lado de fora do prédio mostrando todo conhecimento desenvolvido na instituição. Com cartazes, os estudantes também foram para o semáforo e apresentaram para a sociedade a importância da educação.

O professor Laurence Amaral, professor de computação, ressaltou que os cortes irão prejudicar muito o ensino. Ele destacou que a universidade pública é responsável por desenvolver muito do conhecimento que ajuda toda a sociedade. Ele citou o desenvolvimento do Kit para prognóstico do câncer de ovário que está em fase final para já beneficiar a sociedade. Ele explicou que empresas privadas não tiveram interesse nesse desenvolvimento porque não gerariam o lucro esperado.

O professor do curso de biotecnologia, Guilherme Ramos Oliveira e Freitas, também defendeu a manutenção dos recursos. Ele disse que a área da educação já vem sofrendo contingenciamento há alguns anos, mas este é o maior deles o que causará o impacto muito grande principalmente no desenvolvimento de pesquisas. Ele destacou que atualmente está pesquisando sobre os 4 tipos de vírus da dengue para ajudar no combate desta epidemia. “O diagnóstico hoje é apenas de dengue, mas há 4 tipos”, informou.

Guilherme disse que, com os cortes, não terão insumos podendo interromper as pesquisas no próximo semestre. O coordenador do curso de biotecnologia, Aulus Barbosa, destacou que a verba que está sendo cortada vai prejudicar até mesmo o pagamento do aluguel, luz, água e também a construção do campus. “Os alunos estão mostrando as pesquisas comprovando ser falso o discurso de que os alunos não fazem nada. Há dois cursos de mestrado, os únicos do Alto Paranaíba. A sociedade precisa de saber. São alunos que não tem condições de pagar uma faculdade”, frisou.

O aluno do curso de mestrado, Willian Elias Paulino, enfatizou que os alunos necessitam das bolsas porque o estudo é integral e isso tem sido cortado. Ele disse que os universitários trabalham com projetos importantes para toda a sociedade e que o mercado não vê interesse. As universitárias do curso de biotecnologia Sabrina Cristina Guedes e Isabela Pironeli destacaram que o curso é bastante prático e precisam dos reagentes para desenvolver os estudos. Elas disseram que o intuito é sensibilizar o Governo Federal e não afrontar quem quer que seja.

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