Dono de Land Rover que fugiu após empresário ser arremessado ao solo é descoberto e indiciado pela polícia
O indiciado, que também é um empresário, deve responder pelos crimes de lesão corporal na condução de veículo e evasão do local de acidente de trânsito.
O dono de uma Land Rover que teria causado diversas lesões em um empresário no Centro de Patos de Minas foi indiciado pela Polícia Civil. O fato aconteceu na madrugada do dia 02 de agosto na Rua Olegário Maciel, quando houve um atrito por disputa de vaga de estacionamento. O indiciado, que também é um empresário, deve responder pelos crimes de lesão corporal na condução de veículo e evasão do local de acidente de trânsito.
A pedido da vítima, o Patos Hoje chegou a mostrar o caso no dia 14 de agosto. De acordo com os depoimentos e as imagens do sistema de videomonitoramento "Olho Vivo", a discussão começou devido a uma disputa por uma vaga de estacionamento em frente a uma agência do Banco Bradesco. Segundo o relatório policial, a irmã da vítima dirigia um Hyundai Creta e avistou a vaga. No local, o veículo Land Rover estava parado em fila dupla. Ao manobrar para estacionar, a irmã da vítima afirma que o indiciado não ficou satisfeito, iniciando um bate-boca. Em determinado momento, o homem teria engatado a ré e colidido intencionalmente contra a frente do Creta, causando danos.
A vítima, que era passageiro do carro da irmã, tentou impedir a fuga do condutor da Land Rover. Ele se agarrou à janela do passageiro, mas, com o veículo já em movimento, foi arrastado por alguns metros, e caiu no asfalto, batendo contra outro carro estacionado. O motorista não prestou socorro e fugiu do local. A vítima foi levada ao hospital e diagnosticado com duas costelas fraturadas, lesão no baço e no rim direito, além de escoriações pelas pernas.
Em seu depoimento, o condutor da Land Rover confirmou que estava no local e que pretendia estacionar na mesma vaga. Ele alega que já havia sinalizado a intenção e engatado a marcha ré quando o Creta "fechou" a vaga. Afirmou que, ao conversar com um dos ocupantes do outro carro, percebeu que mais pessoas se aproximavam e, temendo pela segurança de sua esposa, que o acompanhava, decidiu sair do local para evitar uma confusão maior.
O condutor da Land Rover disse que, ao manobrar para ir embora, não percebeu que ainda estava com a ré engatada e, ao acelerar, colidiu com o Creta. Em seguida, ao colocar o carro em marcha normal para seguir viagem, a vítima teria se aproximado e segurou o volante com força. Com uma "mistura de medo e surpresa", ele arrancou com o veículo, e a vítima, ainda segurando o volante, foi arrastada. Ele afirma que a guinada do carro para a esquerda, visível no vídeo, foi causada pela ação da vítima puxando a direção.
O investigado admite que soube dos ferimentos da vítima por um amigo que estava no local, mas decidiu não voltar e nem acionar a polícia por achar que não era culpado e por temer a reação do grupo.
Conforme o relatório, as provas dos autos — incluindo depoimentos, imagens e o laudo de lesões — são suficientes para demonstrar a autoria e a materialidade do delito. Embora tenha ponderado que o condutor da Land Rover possa não ter tido a intenção inicial de cometer o delito, o relatório mostrou que o indiciamento é um ato legal e necessário quando há indícios mínimos da infração.
Com base nisso, o condutor da Land Rover, que também é empresário, foi formalmente indiciado. O inquérito policial será remetido ao Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPMG) para que a Justiça decida sobre o oferecimento de uma denúncia e a abertura de ação penal.