Dilma: terceirização deve manter diferença entre atividade-fim e atividade-meio

A presidenta Dilma Rousseff disse que é preciso aprovar legislação que não precarize o trabalho

Na abertura de reunião com representantes das centrais sindicais, hoje (30), no Palácio do Planalto, a presidenta Dilma Rousseff voltou a defender a necessidade de uma legislação que regulamente a terceirização. Segunda ela, a regulamentação precisa manter a diferença “da terceirização entre atividade-fim e atividade-meio nos mais diversos ramos da atividade econômica”. Para a presidenta, é preciso aprovar uma legislação que não precarize o trabalho.

“É urgente e necessário regulamentar o trabalho terceirizado para que milhões de trabalhadores tenham proteção no emprego e garantia de salário digno, também é importante para os empresários porque significa segurança para eles, uma legislação clara sobre terceirização”, completou.

A presidenta aproveitou a reunião para fazer um balanço das políticas trabalhistas do governo, já que esse ano não fará pronunciamento em cadeia nacional de rádio e televisão no 1° de maio, Dia do Trabalho.

Ao citar a data comemorativa, Dilma fez um balanço das políticas de emprego e renda. Citou a importância da valorização do salário-mínimo. Lembrou que foi enviada ao Congresso Nacional lei que define o reajuste do mínimo de 2015 a 2019. “É fundamental que possamos garantir por lei até 2019 o aumento do poder de compra do salário e queria lembrar que, nos 4 anos do meu primeiro mandato, por conta da política de salário-mínimo que adotamos em 2011, tivemos aumento 14% do salário-mínimo acima da inflação”. Ele destacou que o emprego no país foi mantido mesmo com os efeitos da crise financeira internacional.

A presidenta voltou a defender as medidas de ajuste fiscal para enfrentar a crise financeira. Explicou que o governo tomou medidas contracíclicas sem redução de salários e com ampliação do subsídio ao crédito e do investimento público. Dilma explicou que, agora, foram necessários os ajustes devido a fatores internacionais e nacionais como a seca prolongada. “Tomamos um conjunto de medidas e fizemos ajustes porque queremos reduzir a inflação e queremos fazer esses ajustes para voltar a crescer em bases sólidas”, disse.

Na reunião, Dilma anunciou a criação do Fórum de Debates sobre Políticas de Trabalho, Renda, Emprego e Previdência formado por representantes de centrais sindicais, empresários, aposentados e pensionistas e governo. Ela explicou que a pauta do fórum terá seis itens: sustentabilidade do sistema previdenciário; regras de acesso como idade mínima, tempo de contribuição e fator previdenciário; políticas de fortalecimento do trabalho, emprego e renda; medidas para reduzir a rotatividade no mercado de trabalho; formalização e aperfeiçoamento das relações trabalhistas; e propostas e políticas de aumento da produtividade do trabalho.

Aos representantes das centrais, ela defendeu o diálogo como forma de construir propostas e consenso para que sejam atingidos os objetivos esperados. “Vai nos caber encontrar a melhor estratégia e definir o instrumento mais eficiente para que nossos objetivos sejam atingidos”, disse.

Sem citar caso específico, a presidenta disse que considera as manifestações dos trabalhadores  legítimas e não devem ser respondidas com violência. “Consideramos que as manifestações dos trabalhadores são legítima e temos que estabelecer esse diálogo sem violência”, avaliou. Ontem (29), uma manifestação de professores em Curitiba (PR), terminou com diversas pessoas feridas entre manifestantes e policiais.

Entre os ministros que participam da reunião estão o titular da Fazenda, Joaquim Levy, da Previdência Social, Carlos Gabas, do Trabalho, Manoel Dias, da Casa Civil, Aloizio Mercadante e do Planejamento, Nelson Barbosa. Pelas centrais sindicais participam representantes da Central Única dos Trabalhadores (CUT), da Força Sindical, da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), da União Geral dos Trabalhadores (UGT) e da Contag.

Fonte: Agência Brasil

Últimas Notícias

Diretoria do Mamoré anuncia desligamento do Zé Humberto e mais nove que disputaram o Módulo II

Veja mais

Motorista, preso em maio por embriaguez ao volante, volta a ser preso ao ser flagrado em marcha à ré

Veja mais

Últimos dias para se inscrever no Vestibular de Inverno do UNIPAM

Veja mais

Veja quanto cada candidato de Patos de Minas poderá gastar na campanha eleitoral deste ano

Veja mais

Bombeiros percebem princípio de incêndio, agem rápido e impedem aumento do fogo, em Patrocínio

Veja mais

Ponte instalada mais de meio metro acima do asfalto chama a atenção de motoristas

Veja mais