Desembargadores mantêm condenação para acusado de latrocínio em Major Porto
Ítalo já havia sido condenado em primeira instância, mas recorreu em busca de absolvição, o que acabou não acontecendo.
O crime aconteceu no distrito de Major Porto e chocou os moradores. Os criminosos mataram Onorivaldo por asfixia e arrombaram o cofre da residência para roubar a arma e R$ 37 mil que estavam guardados. Vado, como era chamado, foi deitado no sofá e a casa arrumada. No início todos pensaram se tratar de morte natural, até encontrar o cofre arrombado.
Ítalo de Barros Xavier e um menor de 16 anos foram apontados pela Polícia Civil como autores do crime. Eles foram capturados na cidade de Novo Gama/GO e estão recolhidos em unidades prisionais de Patos de Minas desde o início de abril do ano passado. Segundo o delegado Luiz Mauro Sampaio, responsável pela investigação, eles foram vistos entrando na casa e saíram da cidade pagando passagem em um ônibus com dinheiro contaminado com naftalina, o mesmo produto que era colocado no cofre para proteger as cédulas dos insetos. Além disso, na época, o menor confessou o crime.
O advogado Lindomar dos Santos afirmou que a polícia forjou provas e torturou os dois acusados para que eles confessassem o crime, pedindo a anulação da sentença proferida pela Justiça em Patos de Minas. Por outro lado, o advogado da família da vítima, Thiago Alves, destacou as fartas provas apresentadas pela acusação e defendeu que a sentença fosse mantida.
Depois de ouvir as sustentações orais das duas partes, os desembargadores mantiveram a condenação de 20 anos de prisão para Ítalo e a indenização de R$ 30 mil pelos danos causados à família. A denúncia de tortura apresentada pelo réu não foi acatada pelos desembargadores.
Autor: Maurício Rocha