Governo consegue derrubar liminar e abre caminho para instalação de pedágios na BR 365

Não há prazo para que os postos de pedágios sejam instalados, mas sem impedimentos judiciais, isso pode acontecer a qualquer momento.

O Governo de Minas Gerais, que tem visto nas terceirizações a forma de solucionar problemas administrativos, conseguiu derrubar a liminar que suspendia o leilão do trecho da BR 365, entre Patrocínio e Uberlândia. A decisão da Desembargadora Federal Mônica Sifuentes foi publicada no final da tarde dessa terça-feira (27). Os pedágios na rodovia poderão custar até R$11,48. Não há prazo para que os postos de pedágios sejam instalados, mas sem impedimentos judiciais, isso pode acontecer a qualquer momento. Veja.

A desembargadora concordou com o argumentou do Governo de Minas de que a terceirização poderá promover inúmeros investimentos em obras de ampliação de capacidade, recuperação e conservação das rodovias, com implantação de 67,8 km de faixas adicionais, 11 km de duplicação da BR-365 e 20 km de acostamentos em vários segmentos, além de consertos na infraestrutura existente.

Na decisão, também destacou a previsão de que investimento total previsto pelo Estado de R$2,49 bilhões geraria impactos econômicos e sociais diversos na região. Destacou ainda a arrecadação de impostos estimada de mais de R$260 milhões sobre produtos e serviços, com aumento de receita de Imposto Sobre Srviços-ISS- para os municípios do entorno, bem como geração prevista de 46.873 empregos, sendo 10.290 diretos, ao longo dos 30 anos de concessão.

A desembargadora, por fim, entendeu que é de interesse público a terceirização suspendendo as decisões nas duas ações movidas pelo Ministério Público Federal e Uberlândia. O MPF salientava que já havia decisão obrigando o Governo Federal a duplicar o trecho da BR 365 entre Patos de Minas a Uberlândia. Também viu que o próprio Departamento Nacional de Infraestrutura Terrestre- DNIT- era contra a concessão, havendo já estudos para a duplicação.

A ação também assegurava que várias cláusulas proporcionam facilidades inexplicáveis à futura concessionária e acarretam enorme insegurança jurídica, com riscos de prejuízo ao erário e aos próprios usuários da rodovia, pois a previsão de investimentos não supre as necessidades reais da rodovia em termos de investimentos com o intuito de garantir as premissas básicas da engenharia de tráfego, a exemplo de segurança viária, fluidez de tráfego e conforto do usuário, que vão muito além das tarifas abusivas e resvalam na própria segurança viária e no total descaso com o interesse público.

O consórcio Infraestrutura MG, formado pelas empresas Equipav e Perfin, única a participar da concorrência, havia arrematado o lote rodoviário Triângulo Mineiro em leilão realizado em São Paulo no dia 08 de agosto deste ano. Sendo o único concorrente a participar do pregão, ele fez oferta de valor da tarifa básica do pedágio de R$ 11,48, apenas 1 centavo a menos do que o máximo previsto no edital.

Últimas Notícias

Jaudet é preso novamente por furtar em duas farmácias no mesmo dia em Patos de Minas

Veja mais

Fechamento de beco no bairro Nossa Senhora Aparecida gera polêmica com moradores

Veja mais

Demanda espontânea começa a ser atendida, no período da manhã, nas USFs de Patos de Minas

Veja mais

Quem deve arcar com os prejuízos causados por acidente de trânsito? Por Brian Epstein Campos

Veja mais

Cobra “Corn Snake” é apreendida em operação contra o tráfico de drogas em Rio Paranaíba

Veja mais

Homem de 29 anos é morto com tiro na cabeça, em São Gotardo; oito pessoas foram presas

Veja mais