Denúncia encaminhada ao MP mostra mau uso e risco de colapso da Ponte do Rio Paranaíba

As imagens mostram as avarias na ponte e o tráfego de caminhões pesado.

As imagens mostram vários caminhões carregados passando sobre a ponte.

Moradores de Patos de Minas fizeram um abaixo-assinado para denunciar o mau uso, excesso de carga e o risco de colapso e desabamento da Ponte do Rio Paranaíba no bairro Nossa Senhora Aparecida. O documento foi levado ao Ministério Público no mês passado, cobrando providências do órgão para evitar que algo de mais grave aconteça.

Além do abaixo-assinado, os moradores levaram filmagens recentes da estrutura da chamada Ponte do Arco e do tráfego intenso de veículos de passeio, caminhões e carretas no local. Depoimento do secretário municipal de infraestrutura, Rogério Borges, destacando o risco de um colapso causado pelo excesso de peso, foi anexado aos documentos.

Ao Patos Hoje, Rogério Borges reforçou a preocupação em torno da Ponte do Rio Paranaíba. Segundo ele, estruturas de concreto como aquela possuem tempo de recorrência de 50 anos. Levando em conta que a Ponte do Arco começou a ser construída em 1926 e que foi concluída em 1930, o tempo de utilização da estrutura sem risco já está vencido.

Além da idade avançada, segundo a denúncia dos moradores, a Ponte do Rio Paranaíba vem recebendo carga muito superior ao limite permitido. Após análise da estrutura, a Prefeitura estabeleceu limite de peso para passagem sobre a ponte de 15 toneladas. Entretanto, caminhões e carretas passam pela estrutura com um volume de cargas muito superior.

A “Ponte do Arco” é tombada pelo Patrimônio Histórico e tem grande utilidade para população, fazendo a ligação do perímetro urbano com um distrito industrial e localidades rurais. A preocupação dos moradores é que o excesso de peso possa provocar abalos ou até mesmo o desabamento da estrutura.

No pedido de providências, os moradores denunciam avarias na estrutura, com pilares com sinais de corrosão e buracos.  Eles querem uma intervenção do Ministério Público para aumentar a fiscalização no local e proibir a passagem de caminhões e carretas com peso acima do limite de 15 toneladas especificado na sinalização.

Autor: Maurício Rocha

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