Criança escreve carta para mãe relatando assédios e padrasto acaba preso por estupro em Patos de Minas
A criança também gravou um vídeo mostrando a conversa
A Polícia Militar prendeu na tarde dessa quarta-feira (1º) um homem acusado de estupro contra a própria enteada em Patos de Minas. A criança escreveu uma carta para a mãe relatando os assédios praticados pelo padrasto. A menina também gravou um vídeo mostrando as investidas dele. A mãe pediu medida protetiva contra o ex.
De acordo com informações da Polícia Militar, após serem acionados, compareceram ao endereço onde a criança estava sendo assediada pelo padrasto. Os policiais então entraram no imóvel e efetuaram a prisão dele. Em conversa com a mãe, ela relatou para os policiais que no dia anterior sua filha lhe informou que havia colocado uma carta em sua bolsa, pedindo para que a mãe fizesse a leitura.
Em razão de começar a trabalhar muito cedo, ela se esqueceu de ler o bilhete, mas durante o trabalho recebeu mensagens da filha pelo whatsapp, a qual lhe informou que encaminharia a conversa gravada com seu padrasto, o qual estaria lhe assediando. Ela então lembrou de ler o bilhete e ficou extremamente assustada com a mensagem.
Diante disso, solicitou a amiga para acionar o 190 e foi para casa. No local, de acordo com os policiais, foi possível constatar através da gravação de conversa do whatsapp, bem como através da leitura do bilhete, que o padrasto enviava mensagens insinuantes, bem como presencialmente chegou a colocar a mão nas pernas da criança e a lhe mostrar o órgão genital, chegando a dizer obscenidades.
Os policiais conversaram com o acusado que se limitou a dizer que assumiria sua responsabilidade sobre os fatos ocorridos, não prestando quaisquer outras informações. O Conselho Tutelar foi comunicado e vai acompanhar o caso. O acusado foi levado para a delegacia para ser ouvido pela autoridade e foi autuado por estupro de vulnerável com pena de 8 a 15 anos de reclusão. As autoridades ressaltam a gravidade do fato que precisa ser denunciado para que crimes dessa natureza não voltem a acontecer.