Coruja é flagrada capturando lagarto que solta cauda para tentar escapar de predadora; veja
Especialistas explicam esta habilidade.
Uma cena inusitada do universo animal foi flagrada na noite dessa quarta-feira (14) na área de serviço de uma residência no Bairro Laranjeiras, em Patos de Minas. Uma coruja capturou com suas garras um lagarto. Para tentar fugir da predadora, o réptil solta sua cauda. Especialistas explicam esta habilidade.
O barulho da luta foi que chamou a atenção do morador. Quando foi verificar, viu pela porta de vidro da cozinha a ave já com o lagarto capturado por suas garras. Atenta, ela gira a cabeça por algumas vezes com o réptil preso ao piso.
A cauda do lagarto se desprende e fica ao lado dela, se mexendo como se estivesse vida própria. A coruja, no entanto, não alivia a pressão e, em determinado momento, voa levando o lagarto e deixando apenas a cauda do réptil que continuou se mexendo.
O flagrante da captura do lagarto pela coruja chamou a atenção. Pesquisadores explicam que, quando o lagarto se depara com alguma ameaça, muitas espécies costumam deixar a cauda para trás para confundir o predador e ganhar tempo de fuga. Em um estudo publicado na revista Science, uma das mais respeitadas no mundo, pesquisadores descreveram os aspectos que tornam possível essa excêntrica habilidade.
Já as corujas são animais, em sua maioria, noturnos e bem adaptados a viver na escuridão, sendo capazes, por exemplo, de capturar suas presas mesmo contando apenas com a luminosidade garantida pela Lua. Graças aos hábitos noturnos, as corujas são conhecidas também como “rainhas da noite”.
As corujas mexem muito com o imaginário popular, sendo reconhecidas em algumas culturas como símbolo de prosperidade e sabedoria, enquanto em outras são relacionadas com azar, morte e entidades amaldiçoadas. Devido à associação com o mau agouro, muitas corujas são mortas pela população. Sendo assim, é importante deixar o preconceito de lado, conhecer melhor esses incríveis animais e cobrar políticas de conservação que assegurem a sobrevivência dessa espécie e de vários outros animais que estão frequentemente sujeitos à ação prejudicial do homem.