Compradores pagam R$ 300 mil por diamante rosa em Patos de Minas, mas pedra era falsa

A Polícia Militar foi acionada e informou que um dos envolvidos já foi preso em outra ocasião por este mesmo tipo de golpe.

A negociação em torno de um suposto diamante rosa em Patos de Minas terminou com duas pessoas presas e um prejuízo de R$ 300 mil. Após fazer o pagamento, os compradores descobriram que a pedra preciosa, na verdade, era falsa e que caíram em um golpe. A Polícia Militar foi acionada e informou que um dos envolvidos já foi preso em outra ocasião por este mesmo tipo de golpe.

A negociação aconteceu nas proximidades da Balança do DNIT localizada na BR 365 em Patos de Minas. A Polícia Militar foi acionada por quatro pessoas, três homens e uma mulher, que se apresentaram como compradores da pedra. Eles informaram que um homem conhecido como Chicão entrou em contato com eles informando sobre dois indivíduos que estariam vendendo um diamante rosa, avaliado em R$ 50 milhões, por apenas R$ 300 mil.

Eles então marcaram de ver a pedra preciosa no sábado (18), também na Balança do DNIT. A pedra foi analisada com uma caneta especial, que comprovou se tratar de diamante. Compradores e vendedores então marcaram para concretizar o negócio na terça-feira (21). Eles se encontraram no início da noite. Segundo as vítimas, ao chegaram à Balança do DNIT, Chicão e os dois vendedores já estavam no local. Eles então entregaram o dinheiro, pegaram a pedra embrulhada. Assim que pegaram os R$ 300 mil, os dois vendedores sumiram em meio a um cafezal.

Desconfiados, os compradores fizeram a análise do suposto diamante rosa com a caneta e descobriram que a pedra era falsa. Eles então questionaram Chicão, que pegou o celular e foi até o cafezal procurar os vendedores, mas voltou em seguida relatando também ter caído em um golpe. Com a chegada dos policiais, Chicão entrou em contradição e acabou confessando que a transação foi mesmo um golpe e que os vendedores seriam um homem conhecido como Hermes e Roberto dos Reis.

Questionado sobre o paradeiro do celular, Chicão disse que havia escondido no meio do cafezal. Ele foi orientado a ir buscar o aparelho e tentou fugir, mas foi contido por um dos policiais militares. Os dois chegaram a cair a solo, tendo o policial ficado com a mão ferida. Após ser preso, Chicão contou que Hermes e Roberto tinham deixado um carro na comunidade de Leal para fugirem e que depois todos se encontrariam na Chácara do Hermes.

Os policiais militares foram ao local e encontraram apenas uma área cercada com muros altos. Uma equipe que monitorava a casa de Hermes percebeu quando ele deixava o local em uma bicicleta e fizeram a prisão. Questionado, Hermes disse que não sabia de nada. Na casa dele, nada de ilícito foi encontrado. Os policiais fizeram rastreamentos, mas não conseguiram localizar Roberto, conhecido como Robinho.

Hermes e Chicão foram presos em flagrante. Na ação policial, foram apreendidos o celular do de Chicão, a pedra falsa "vendida" pelos estelionatários, uma caneta utilizada para verificar a autenticidade da pedra e uma balança de precisão pequena. A ocorrência foi encaminhada para a Polícia Civil dar prosseguimento às investigações.

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