Com derrota na Justiça e pressões de todos os lados, concessionária acelera obras na BR 365
A empresa vinha sendo cobrada por deixar a rodovia em condições precárias, mesmo mantendo um pedágio de R$ 12,70 por eixo.
Após perder ações na Justiça e sofrendo pressões de autoridades e da população em geral, a EPR Triângulo, responsável pela concessão da BR 365 no trecho entre Patrocínio e Uberlândia e da BR 452, acelerou as obras de conservação na pavimentação. A empresa vinha sendo cobrada por deixar a rodovia em condições precárias, mesmo mantendo um pedágio de R$ 12,70 por eixo.
A Justiça de Monte Carmelo estipulou prazo de 24 horas para a concessionária tapar todos os buracos da rodovia. Diante da manobra feita pela empresa para não ser notificada, a juíza Tainá Silveira Cruvinel determinou que a notificação fosse feita por meio presencial, nas praças de pedágio ou por meio eletrônico. Em outra ação movida pelo Ministério Público Federal e Ministério Público Estadual, a Justiça determinou a realização de um estudo para avaliar o preço do pedágio.
Além disso, o Governo de Minas convocou os diretores da EPR Triângulo para dar explicações sobre o serviço de conservação que a concessionária está realizando nas rodovias concedidas. O contrato de concessão foi assinado pela empresa em novembro de 2022 e tem validade por 30 anos. O consórcio é responsável pelos trechos da BR-365, entre Uberlândia e Patrocínio, e da BR-452, entre Uberlândia e Araxá, dentre outros.
Diante de tantas cobranças, a EPR Triângulo enviou máquinas e homens para a BR 365. Imagens feitas no local, mostram o trabalho que está sendo realizado na recuperação de trechos de asfalto que estavam em condições precárias.
Segundo o Governo de Minas, que assinou o contrato com a EPR Trângulo, a concessão para as estradas do Triângulo Mineiro prevê um investimento de R$ 3,2 bilhões em duplicações, terceiras faixas, acostamentos, melhorias de acessos e adequações de pontes e viadutos. Outros R$ 2,6 bilhões deverão ser investidos em serviços operacionais aos usuários. Entretanto, a reclamação dos motoristas é que o único investimento feito até agora foi na construção das praças para a cobrança de pedágio.