Clínica de Reabilitação é alvo de investigação após internos alegarem tratamento desumano

Os internos relataram que estão ficando trancafiados a maior parte do tempo e vêm sendo algemados e dopados com medicamentos.

A primeira denúncia aconteceu na segunda-feira (28), por volta das 16h50.

A Vigilância Sanitária e a Polícia Militar voltaram a uma Clínica de Reabilitação em Patos de Minas nessa terça-feira (29) após relatos de tratamento desumano na unidade situada no Km 405 da BR365. Os internos relataram que estão ficando trancafiados a maior parte do tempo e vêm sendo algemados e dopados com medicamentos.

A primeira denúncia aconteceu na segunda-feira (28), por volta das 16h50. De acordo com a ocorrência policial, a autoridade sanitária, enfermeira fiscal da Prefeitura Municipal de Patos de Minas, relatou que há no local adolescentes, adultos e idosos dependentes químicos. A denúncia era de que o funcionamento estava em desacordo com as normas sanitárias e ocorrendo tratamento inadequado.

Ficou constatado que há dois andares no local, sendo que há grades de proteção e os alojamentos ficam trancados com correntes e cadeados. A alegação é de que os internos ficam apenas 4 horas fora do alojamento, são tratados com grosseria, sendo algemados e dopados com remédios, proporcionando tratamento desonroso. O contato telefônico deles seria restrito, sendo que os monitores escutam as conversas e desligam o telefone se falarem algo crítico à clínica.

No entanto, a proprietária da Clínica de 43 anos, que também monitora a clínica, de uma versão bastante diferente. Ela disse que eles não ficam trancafiados o tempo todo, sendo que há o sono terapêutico das 12h30 às 14h00 que serve também para o descanso dos monitores. Outro momento no alojamento seria o repouso das 22h000 às 7h00.

Com relação aos medicamentos, ela disse que são ministrados apenas os restritamente indicados pelos profissionais da clínica e que os monitores ficam de posse das chaves para assistir os internos. “Trancam os alojamentos, mas ficam no interior deles para assisti-los”, disse. Ela contou que há 29 pessoas no local sendo que todos internados compulsoriamente, tendo que ser vigiados constantemente.

Porém, segundo ela, os monitores não os agridem. “Nunca culminou em agressões físicas”, disse. Segundo ela, a tonfa e as algemas que foram encontradas na clínica são usadas para separar os internos porque muitas vezes se agridem mutuamente. De acordo com a Polícia Militar, o caso merece investigação porque pode estar havendo uma grave agressão à dignidade da pessoa humana.

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