Catedral de Patos de Minas é iluminada de amarelo para alertar as pessoas contra o suicídio

Este mês está sendo trabalhada pelos profissionais de saúde a prevenção ao suicídio.

A Matriz de Santo Antônio foi iluminada de amarelo.

Pela primeira vez em Patos de Minas o prédio histórico da Catedral foi iluminado totalmente para a Campanha do Setembro Amarelo. Este mês está sendo trabalhada pelos profissionais de saúde a prevenção ao suicídio. Números mostram que esta é uma das principais causas de morte no Brasil e em Patos de Minas não é diferente.

A ação de iluminar a Matriz de Santo Antônio foi do Diretor da Liga Acadêmica de Psiquiatria do UNIPAM, Augusto Magalhães Santos. Como coordenador da Campanha Setembro Amarelo em Patos de Minas, após receber autorização da direção da paróquia, ele conseguiu patrocínio e pôde iluminar toda a frente da Catedral. “Várias pessoas já compartilharam as fotos da igreja iluminada”, destacou.

Augusto contou que uma das ações propostas pela Campanha é iluminar monumentos para chamar a atenção das pessoas para a questão do suicídio. Com o slogan “Precisamos Agir”, ele ressaltou que a intenção é alertar as pessoas. Augusto destacou que 90% dos casos de suicídio decorrem de algum transtorno mental.

E os números são preocupantes. A cada 40 segundos, uma pessoa morre por suicídio, sendo que no Brasil são registrados a cada ano 12 mil mortes. Os números da Associação Brasileira de Psiquiatria indicam que o suicídio representa 1,5% das causas de morte, sendo a segunda principal causa entre jovens de 15 a 29 anos no mundo.

Os estudos ainda revelam que o suicídio é 3,5 vezes mais comum em homens e para cada suicídio, seis pessoas próximas sofrem consequências emocionais, sociais ou econômicas. Ele orientou as pessoas ficarem atentas e, ao sinal de algum problema com o próximo, conversar com a pessoa e procurar tratamento profissional.

Como forma de prevenção, os profissionais orientam as pessoas a cuidarem da saúde mental e, ao menor sinal de tendência ao suicídio, buscar ajuda, porque ninguém está sozinho. Os profissionais reconhecem que os principais fatores de risco são: perdas recentes, dinâmica familiar conturbada, instabilidade emocional, impulsividade, agressividade, doenças crônicas e tentativa anterior de suicídio.

Para que a ajuda seja realmente eficaz, as pessoas devem evitar julgamento, comparações ou minimizar o sofrimento. Também não devem demonstrar preconceito, reagir de forma assustada ou com medo, interromper a fala da pessoa, passar uma solução “mágica” para a pessoa, como: “durma que amanhã você estará bem”, “pare de chorar e se lamentar. Sorria e então ficará melhor”, “busque Deus e tudo dará certo”.

Augusto informou que outras ações estão programadas para acontecer nos próximos dias. Uma apresentação artística vai acontecer na sexta-feira (14) no UNIPAM e uma palestra ocorrerá no domingo (16) na Sespasa, que fica na esquina da avenida Padre Almir com a rua Professora Elza Carneiro Franco.

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