Caged: país gerou mais de 130 mil novas vagas de trabalho em novembro
Maioria dos empregos formais foi nos setores de serviço e comércio
O Brasil teve, no mês passado, um saldo positivo de 130.097
postos de trabalho com carteira assinada, segundo divulgou, nesta quinta (28),
o Ministério do Trabalho e Emprego. Em novembro, foram 1.866.752 admissões e
1.736.655 demissões, segundo dados do Novo Caged, o Cadastro Geral de
Empregados e Desempregados.
No acumulado de janeiro a novembro, foram gerados no país
1.914.467 postos de trabalho. Os estados com maior saldo no acumulado de 2023
foram São Paulo (mais 551.172 empregos, com crescimento de 4,2%), Minas Gerais
(saldo de 187.866) e Rio de Janeiro (mais 165.701).
Até agora, no ano, o maior crescimento do emprego formal
ocorreu no setor de serviços, com saldo de 1.067.218 postos formais de trabalho
(o que representou 59,8% do resultado).
O governo apontou que entre janeiro e novembro há destaque
para as atividades de informação, comunicação e serviços financeiros,
imobiliários, profissionais e administrativos. Outros resultados positivos de
2023 podem ser contabilizados para os trabalhos em administração pública,
defesa, seguridade social, educação, saúde humana e serviços sociais.
“Temos uma consideração muito positiva desse resultado
comparado ao que era a expectativa no final do ano passado e início do ano.
Todos os analistas econômicos avaliaram que passaríamos por uma grande
dificuldade”, avaliou o secretário executivo do Ministério do Trabalho e
Emprego, Francisco Macena, em entrevista coletiva.
Ele ponderou que, entre as dificuldades que se impuseram no
mercado de trabalho está a elevada taxa de juros praticada no país. No entanto,
considerou que as medidas econômicas complementares apresentadas pelo
Ministério da Fazenda e os investimentos públicos oferecem estimativa positiva
para o aumento de vagas de trabalho.
“A nossa expectativa é que, no ano que vem, tenhamos um
círculo virtuoso não só de empregos formais, mas também de renda”. Ele comentou
que o aumento do salário mínimo também deve impactar a economia e a geração de
mais oportunidades.
Comércio e serviços
A maioria dos empregos formais foi contabilizada no setor de
serviços (92.620) e no comércio (88.706). Com isso, o estoque total recuperado
para o Caged foi de 44.358.892 postos de trabalho formais.
No setor de serviços, destaque do mês, houve mais
oportunidades de trabalho nas áreas de informação, comunicação e atividades
financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas.
A segunda maior geração, no comércio, mais vagas abriram no
setor varejista de artigos do vestuário e acessórios, mercadorias em geral, com
predominância de produtos alimentícios e supermercados, além dos artigos de
varejista de calçados .
Segundo análise do governo, o impacto sazonal trouxe queda
do emprego formal nos em setores como a indústria, com menos 12.911 postos de
trabalho. A construção civil também teve queda, com menos 17.300 postos formais
de trabalho. Francisco Macena avaliou que a indústria passa por dificuldades,
mas o governo, segundo acredita, tem trabalhado com planos de modernização,
investimentos e subsídios para recuperar o setor.
“A expectativa para o ano que vem é muito positiva porque o
Copom [Comitê de Política Monetária] tem sinalizado redução da taxa de juros, o
que permite mais investimentos. Em especial, no setor da construção civil, com
a renovação tecnológica, o investimento com o PAC [Programa de Aceleração do
Crescimento] vai impulsionar muito a geração de emprego no país”, disse o
secretário. Para ele, a fiscalização para combater a informalidade também pode
gerar novos resultados positivos.
Entre os estados, as unidades da federação com maior saldo em novembro foram São Paulo, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul.
Saldo positivo
No mês de novembro, houve um saldo positivo de empregos
tanto para mulheres (mais 95.356 postos de trabalho) como para homens
(crescimento de 34.732).
Também foi registrado aumento de vagas para pessoas com
deficiência, com saldo positivo de 1.344 para esse grupo. “Nós realizamos
reuniões setoriais para sensibilizar para o cumprimento não só das cotas, mas
da eficiência e eficácia de contratar pessoas com deficiência. Estamos
trabalhando em regulamentações e acreditamos que isso vai impulsionar a contratação
não só de jovens, mas também de pessoas com deficiência”, disse o secretário
executivo do MTE na coletiva.
Além disso, houve saldo positivo para pessoas pardas (mais 78.122), brancas (49.412), pretas (mais 23.472), amarelas (mais 15.762) e indígenas (mais 1.336).
Fonte: Agência Brasil