Aumento da infestação do Aedes Aegypti alerta também para o risco de Dengue na cidade

O trabalho dos agentes abrangeu todos os bairros, sendo visitados 3.725 imóveis.

Os números da Dengue em Patos de Minas ainda estão bem controlados. O boletim divulgado esta semana pela Prefeitura mostra apenas três casos confirmados em 2021 e 183 notificações aguardando resultado de exame. Mas o resultado do LIRAa - Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes Aegypti – publicado hoje mostra aumento nos índices de infestação do mosquito transmissor. O resultado serve de alerta, uma vez que os hospitais do município estão lotados de pacientes da Covid-19 e uma nova epidemia poderia elevar o caos.

O segundo Levantamento Rápido de Índice de Infestação por Aedes Aegypti (LIRAa) foi realizado pelo Programa Municipal de Combate à Dengue (PMCD) entre os dias 2 e 4 de março. A verificação teve como resultado índice de infestação de 2,9 (médio risco), representando aumento de 0,7 em comparação com o estudo realizado em janeiro deste ano.

O trabalho dos agentes abrangeu todos os bairros, sendo visitados 3.725 imóveis. O relatório final do 2º LIRAa revela que foram encontradas larvas em quase todas as regiões da cidade, com maior concentração, entretanto, nos bairros Brasília, Brasil, Cônego Getúlio, Cristo Redentor, Lagoa Grande, Nossa Senhora Aparecida, Santa Terezinha, São José Operário e Santa Luzia.

O material coletado foi encaminhado para análise em laboratório, o que possibilitou a determinação do índice de infestação predial, ou seja, o percentual de imóveis positivos (com presença de larvas de Aedes aegypti). Constatou-se, ainda, que os principais criadouros encontrados foram tambores, depósitos a nível do solo, latas, pratos colocados embaixo de vasos de planta, bebedouro de animais, lixo doméstico e de construção.

“Diante do resultado do LIRAa, o PMCD está elaborando estratégias de trabalho, entre elas a intensificação das ações que já vêm sendo realizadas regularmente: os mutirões de recolhimento de materiais inservíveis e as visitas domiciliares”, informou a coordenadora do programa, Daniele Nunes, ressaltando: “Estamos cientes do momento delicado enfrentado devido à pandemia, mas as visitas domiciliares e o trabalho do PMCD não podem parar. A população deve abrir as portas dos seus imóveis e receber a visita dos agentes que realizam o trabalho de informação e mobilização, além do tratamento com larvicida, quando necessário”.

Daniele Nunes enfatizou que a colaboração de todos é fundamental no combate ao Aedes aegypti. O objetivo do trabalho realizado pela equipe do PMCD é promover a saúde e, para isso, é preciso que cada um compreenda que sua ação (ou omissão) acarreta consequências para toda a população.

Agentes de combate a endemias – É importante destacar que toda a equipe do PMCD trabalha devidamente uniformizada, por isso, em caso de dúvidas, os moradores devem perguntar o nome e a matrícula do agente, pedir para ele aguardar do lado de fora de seu imóvel e entrar em contato pelo telefone 3822-9755 para confirmar se realmente se trata de funcionário do programa. O número informado também funciona como WhatsApp, estando à disposição da população para denúncias e reclamações.

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