ASPAA estima 4.000 cães abandonados e Ministério Público quer solução
O grande número de cães abandonados pelas ruas tem causado inúmeros transtornos.
A presidente da Associação de Proteção Animal e Ambiental de Patos de Minas, Betânia Nunes, calcula que existem aproximadamente 4.000 cães abandonados circulando pelas ruas da cidade. Além do sofrimento a que estão sujeitos, os animais provocam sujeira, acidentes de trânsito, transmitem doenças e, em alguns casos, atacam pedestres, ciclistas e motociclistas.
Lutando quase que sozinha para resolver o problema, a ASPAA tem perdido a batalha. As casas das integrantes da associação estão lotadas de animais, o abrigo improvisado mantido pela entidade já tem 70 cães e elas estão retirando dinheiro do bolso até para comprar alimentos para os animais.
De acordo com o promotor de justiça, José Carlos de Oliveira Campus Júnior, a situação é preocupante e precisa urgentemente de uma solução. O principal problema, segundo ele, é a falta de equipamentos disponibilizados pelo município para recolher os animais, como um abrigo por exemplo. Mesmo assim, o promotor destacou que os animais doentes e aqueles que causam riscos devem ser retirados do convívio com a sociedade. José Carlos recomendou que as pessoas liguem no Centro de Controle de Zoonoses para fazer o recolhimento.
Com relação aos animais dóceis, o promotor alertou que eles não devem sofrer qualquer tipo de maus tratos, mesmo estando abandonados na rua. A proteção animal está prevista na Constituição Federal e quem descumprir a lei pode sofrer penalidades por maus tratos aos animais.
Mas existe a perspectiva de que o problema seja resolvido à médio prazo. Um grupo de vereadores destinou uma verba de R$ 300 mil de subvenção para a construção de um abrigo para cães abandonados. A intenção é construir o canil próximo ao Hospital Veterinário do Unipam que está sendo construído ao Lado da Escola Agrícola. O Hospital dará suporte para resolver o problema.
Autor: Maurício Rocha