Após 9 meses de espera, família consegue liberar corpo de caminhoneiro que morreu na BR 365
Ele foi levado para o Instituto Médico Legal de Belo Horizonte para a realização de exames e, desde então, os familiares vinham sofrendo com a angústia da espera.
Foram cerca de 9 meses de espera até que a família finalmente conseguiu a liberação de um caminhoneiro que morreu, vítima de um acidente na BR 365. Ele foi levado para o Instituto Médico Legal de Belo Horizonte para a realização de exames e, desde então, os familiares vinham sofrendo com a angústia da espera.
O acidente que tirou a vida de Marcos Ferreira de Araújo aconteceu no dia 23 de julho de 2022. O motorista perdeu o controle da direção no KM 254,7 da BR-365 e capotou. O caminhão pegou fogo e o jovem caminheiro de apenas 28 anos morreu carbonizado.
A morte de Marcos pegou a família de surpresa. Ele era o provedor da casa. Com o passar dos dias, a dor da perda ganhou a companhia da angústia. Os familiares não conseguiam liberar o corpo do IML de Belo Horizonte. O irmão de Marcos cedeu material para a realização de DNA, mas o exame nunca ficava pronto.
Sem saber a quem recorrer, a família de Marcos decidiu tornar o caso público. Só depois disso é que o IML liberou o corpo de Marcos. Na noite dessa quarta-feira (26), o órgão comunicou a família para providenciar o translado do corpo do caminhoneiro.
A demora de cerca de 9 meses trouxe inúmeros transtornos e sofrimento para a família. Além de não poder oferecer um enterro digno ao marido, sem o atestado de óbito, a esposa passou todo esse tempo sem poder regularizar a situação para requerer os benefícios aos quais a família tem direito.
O advogado da família, Luiz Fernando Coelho, disse que vai ingressar com uma ação na Justiça contra o Estado de Minas Gerais com pedido de indenização por danos morais.
“A família de Marcos foi submetida a uma situação extremamente degradante, humilhante e desumana. Além da dor do luto, tiveram que conviver por longos 9 meses com a ideia de que o corpo daquela pessoa que tanto amavam estava no IML e sequer tiveram a oportunidade de obter informações concretas a respeito da liberação, sendo o caso resolvido somente depois da divulgação do caso pelo portal JP Agora. Por conta disso, em razão da conduta omissiva do Estado de Minas Gerais ao permitir tamanho atraso, entendemos que ele deve ser responsabilizado pelos danos morais ocasionados a cada um dos familiares de Marcos. É o que vamos buscar na justiça”, concluiu o advogado.