Em dezembro de 2019, o volume de vendas do comércio varejista nacional variou -0,1%, frente a novembro, na série com ajuste sazonal, interrompendo sete meses seguidos de crescimento, período que acumulou ganho de 3,5%. A média móvel trimestral mostrou redução de ritmo, com variação de 0,2% no trimestre encerrado em dezembro, após registrar 0,6% em novembro. Na série sem ajuste sazonal, o comércio varejista cresceu de 2,6% em relação a dezembro de 2018. Com isso, o varejo registrou aumento de 1,8% no período de janeiro a dezembro contra igual período do ano anterior. O acumulado nos últimos doze meses passou 1,6% em novembro para 1,8% em dezembro.

No comércio varejista ampliado, que inclui as atividades de Veículos, motos, partes e peças e de Material de construção, o volume de vendas caiu 0,8% em relação a novembro de 2019, segunda taxa negativa seguida, contribuindo para que a média móvel de dezembro (-0,2%) apresentasse redução de ritmo das vendas em relação a novembro (0,3%). Frente a dezembro de 2018, houve aumento de 4,1%, nona taxa positiva consecutiva. Assim, o varejo ampliado acumulou alta de 3,9% em 2019, frente a igual período de 2018. O acumulado nos últimos doze meses passou de 3,6% em novembro para 3,9% em dezembro.

Seis das oito atividades pesquisadas apresentaram variação negativa

As quedas mais significativas, na passagem de novembro para dezembro de 2019, foram em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-1,2%), Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (-2,0%) e Tecidos, vestuário e calçados (-1,0%). Ainda com redução nas vendas frente a novembro, figuram: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (-10,9%), Combustíveis e lubrificantes (-0,4%), Outros artigos de uso pessoal e doméstico (-0,1%). Houve avanços nas vendas frente a novembro de dois setores, suavizando a queda no indicador geral: Móveis e eletrodomésticos (3,4%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (11,6%).

No varejo ampliado, o volume de vendas em dezembro teve decréscimo de 0,8%, frente a novembro de 2019, na série com ajuste sazonal, influenciado, principalmente, pelo recuo de 4,0% em Veículos, motos, partes e peças e de 1,1% em Material de construção ambos, após recuo de 1,6% e 0,1%, respectivamente, registrados no mês anterior.

Em relação a dezembro de 2018, o comércio varejista avançou 2,6%, com cinco das oito atividades pesquisadas em alta. Vale citar que dezembro de 2019 teve um dia útil a mais (21 dias) do que igual mês do ano anterior (20 dias). Entre os destaques estão: Outros artigos de uso pessoal e doméstico (12,9%), seguido por Móveis e eletrodomésticos (18,6%) e Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (7,1%). Ainda com avanço nas vendas frente a dezembro de 2018, figuram: Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação (1,4%) e Livros, jornais, revistas e papelaria (1,5%).

A influência negativa mais intensa foi observada em Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (-2,9%), seguida, em menor medida, por Combustíveis e lubrificantes (-1,0%) e Tecidos, vestuário e calçados (-0,1%), setores que também mostraram queda nas vendas frente a dezembro de 2018.

O comércio varejista ampliado, com avanço de 4,1% frente a dezembro de 2018, registrou a nona taxa positiva consecutiva. O segmento de maior influência foi de Veículos e motos, partes e peças, com avanço de 9,3%, seguido de Móveis e eletrodomésticos (18,6%) e Outros artigos de uso pessoal e doméstico (12,9%). Ainda no varejo ampliado, o setor de Material de Construção registrou crescimento de 5,1%.

Vendas no comércio varejista avançam 1,8% em 2019

O volume de vendas do comércio varejista acumulou alta de 1,8%, após registrar crescimento de 2,1% em 2017 e 2,3% em 2018, sustentando, dessa forma, crescimento pelo terceiro ano consecutivo. Sete das oito atividades analisadas tiveram resultados positivos.

O volume de vendas da atividade de Outros artigos de uso pessoal e doméstico, que engloba lojas de departamentos, óticas, joalherias, artigos esportivos, brinquedos etc, avançou 12,9% em dezembro de 2019, frente a igual mês de 2018, resultado que vem após aumento de 1,4% em novembro último para essa mesma comparação. Com isso, o setor exerceu a maior contribuição ao resultado geral do varejo para o mês de dezembro, fechando o ano de 2019 com avanço de 6,0% frente a 2018.

O setor de Móveis e eletrodomésticos, com aumento de 18,6% no volume de vendas em relação a dezembro de 2018, exerceu o segundo maior impacto positivo na formação da taxa total do comércio varejista de dezembro de 2019, após avanço de 4,8% registrado em novembro último para essa mesma comparação. Com isso, o índice acumulado no ano de 2019 passou de 1,9% até novembro para 3,6% até dezembro, refletindo também um ganho de ritmo expressivo no indicador acumulado nos últimos doze meses (de 1,1% até novembro para 3,6% em dezembro).

A atividade de Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria, com aumento de 7,1% nas vendas frente a dezembro de 2018, exerceu a terceira maior contribuição na taxa global do varejo, registrando a trigésima segunda variação positiva consecutiva em relação a igual mês do ano anterior. Com isso, o setor registrou avanço de 6,8% no fechamento de 2019, frente ao fechamento de 2018. Em termos do indicador acumulado nos últimos doze meses (6,8%), o segmento mostrou estabilidade em relação ao resultado de novembro.

O setor de Tecidos, vestuário e calçados mostrou variação de -0,1% em relação a dezembro de 2018, após registrar 1,6% em novembro e 2,3% em outubro, nesse tipo de comparação. Com isso, o acumulado de janeiro-dezembro de 2019 mostrou estabilidade, com variação de 0,1%, em relação ao mesmo período de 2018. O indicador acumulado nos últimos doze meses mostrou estabilidade, com variação de 0,1%, interrompendo a trajetória descendente iniciada em julho de 2019 (1,3%).

O segmento de Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação mostrou aumento de 1,4% em relação a dezembro de 2018, terceira taxa positiva seguida. Com isso, o indicador acumulado de janeiro-dezembro de 2019 registrou acréscimo de 0,8%, frente a igual período de 2018. O indicador acumulado nos últimos doze meses (0,8%) sinalizou ganho de ritmo em relação a novembro (0,3%).

A atividade de Livros, jornais, revistas e papelaria mostrou, em dezembro, aumento de 1,5% frente a igual mês de 2018, interrompendo uma sequência de 28 taxas negativas nesse tipo de comparação. Dessa forma, o índice acumulado janeiro-dezembro de 2019 registrou recuo de 20,7% frente a igual período de 2018. O indicador anualizado, acumulado nos últimos doze meses, ao passar de - 23,2% para -20,7%, reduz o ritmo de queda.

O setor de Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo, com recuo de 2,9% no volume de vendas frente a dezembro de 2018, registrou taxa negativa após seis taxas positivas consecutivas nessa comparação e exerceu o maior impacto negativo na formação da taxa global do varejo. No acumulado do ano, o setor mostrou acréscimo de 0,4% frente a igual período de 2018. A análise pelo indicador acumulado nos últimos doze meses mostrou perda de ritmo ao passar de 0,8% em novembro para 0,4% em dezembro.

Combustíveis e lubrificantes, com recuo de 1,0% no volume de vendas em relação a dezembro de 2018, exerceu a segunda maior contribuição negativa para o resultado total do varejo. Com isso, o índice acumulado janeiro-dezembro registrou acréscimo de 0,6%, frente a igual período de 2018. O indicador anualizado, acumulado nos últimos doze meses (0,6%), ficou praticamente estável em relação ao mês anterior (0,7%).

O setor de Veículos, motos, partes e peças ao registrar aumento de 9,3% em relação a dezembro de 2018, assinalou a nona taxa seguida positiva, exercendo a maior contribuição no resultado no mês para o varejo ampliado. O indicador acumulado no ano de 2019 teve aumento de 10,0% frente a 2018. A análise pelo indicador acumulado nos últimos doze meses, ao registrar aumento de 10,0% até dezembro, ficou praticamente estável em relação ao acumulado até novembro (9,8%).

Com aumento de 5,1% em relação a dezembro de 2018, o segmento de Material de Construção contabiliza a quarta taxa positiva consecutiva, nessa comparação. Com isso, o indicador acumulado no ano até dezembro mostra aumento de 4,3%, comparado ao ano de 2018. O indicador acumulado nos últimos doze meses, ao passar de 3,8% em novembro para 4,3% em dezembro, manteve trajetória de crescimento iniciada em agosto de 2019.

O Varejo ampliado observou aumento de ritmo entre o primeiro e o segundo semestres de 2019 (de 3,2% para 4,5%) com perda de ritmo em Veículos, motos, partes e peças (de 10,9% para 9,1%) e ganho em Material de construção (de 3,8% para 4,7%). No acumulado do ano. o Varejo ampliado fechou o ano com alta de 3,9% influenciado positivamente por Veículos, motos, partes e peças com alta de 10,0%.

De novembro para dezembro (série ajustada), a taxa média nacional de vendas do comércio varejista variou -0,1%, com predomínio de resultados negativos em 18 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Roraima (-13,8%), Rondônia (-9,5%) e Acre (-8,2%). Por outro lado, pressionando positivamente, figuram sete das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Rio Grande do Sul (3,5%), Amapá (2,0%) e Rio de Janeior (1,7%), enquanto Santa Catarina e Pernambuco mostraram estabilidade nas vendas entre novembro e dezembro (0,0%).

Frente a dezembro de 2018, a variação das vendas do comércio varejista nacional registrou aumento de  2,6%, e resultados foram positivos em 18 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Amapá (38,7%), Paraíba (10,0%) e Tocantins (8,5%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram nove das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Rondônia (-6,8%), Ceará (-2,8%) e Paraná (-2,8%). Quanto à participação na composição da taxa do varejo, destaca-se São Paulo (2,6%) e Santa Catarina (8,4%).

No comércio varejista ampliado, a variação na passagem de novembro para dezembro de 2019 foi de -0,8%, com predomínio de resultados negativos em 19 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Roraima (-7,9%), Pará (-6,5%) e Amazonas (-4,5%). Por outro lado, pressionando positivamente, figuram sete das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Amapá (2,9%), Tocantins (2,2%) e Rio de Janeiro (0,9%), enquanto Espírito Santo mostrou estabilidade nas vendas (0,0%), nessa comparação.

Em relação a dezembro de 2018, o comércio varejista ampliado cresceu 4,1%, com predomínio de resultados positivos em 21 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Amapá (44,0%), Tocantins (14,8%) e Santa Catarina (11,2%). Por outro lado, pressionando negativamente, figuram 5 das 27 Unidades da Federação, com destaque para: Sergipe (-4,9%), Piaui (-1,5%) e Rondônia (-1,1%), conforme Gráfico 7. Quanto à participação na composição da taxa do varejo ampliado, destacam-se: São Paulo (4,4%) e Santa Catarina (11,2%).

Fonte: IBGE