Um dependente químico preso pela Polícia Militar após arrombar uma casa em Patos de Minas e furtar diversos produtos está pedindo ajuda para ser internado em uma clínica de reabilitação. Janderson Apolinário da Silva, 36 anos, disse que sofreu uma recaída nos últimos dias após se desentender com o pai e acabou cometendo o crime. Ele disse que o maior desejo é deixar o mundo das drogas e conseguir um trabalho.

O furto aconteceu na Rua Teófilo Otoni, Centro da cidade. De acordo com a vítima, saiu pela manhã desta quinta-feira (24) e, quando voltou, percebeu que a casa havia sido invadida. O senhor contou que o infrator arrombou a casa dos fundos, pulou o muro para dentro de sua residência e arrombou a porta da cozinha que possui três trincos. Depois, ele acabou furtando perfumes, refrigerantes, pares de tênis e diversos outros materiais.

A vítima relatou que a sorte maior foi de não ter o encontrado no imóvel. “Saí por pouco tempo. Quase o encontro aqui”, disse. De acordo com o Tenente Clênio, a Polícia Militar deparou com ele na rua e durante abordagem verificou que Janderson carregava diversos materiais. A vítima confirmou que todos os materiais foram realmente recuperados, ficando com o prejuízo apenas da porta. Tudo já foi levado de volta pra casa.

Janderson foi ouvido pela autoridade policial e será encaminhado para o Presídio Sebastião sátiro. Antes, ele concedeu entrevista ao Patos Hoje e pediu ajuda das pessoas. Ele contou que ficou 4 anos longe das drogas, mas se se desentendeu com o pai enquanto trabalhava na zona rural e acabou se revoltando. “Quando o adicto não tem o que ele deseja, acaba se revoltando e foi isso que aconteceu. Furtei de revolta e para alimentar o vício”, disse.

Ao final, chorando, Janderson pediu ajuda para deixar o vício. Segundo ele, começou quando ainda era adolescente com várias drogas e sozinho não consegue deixar a dependência. Ele disse que procurou uma clínica de reabilitação pública, mas que recebeu a informação de que não há vaga. “Procurei o CAPs para tentar me internar, mas não consegui a vaga”, disse. Quem puder fornecer algum tipo de ajuda, deve procurar os órgãos públicos.