Consultores do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico fizeram uma análise técnica do imóvel.

A igreja matriz de Santana, no Distrito de Santana de Patos, interditada em março deste ano pelo Corpo de Bombeiros por ameaça de desabamento, parece ter dado um novo passo rumo à desejada restauração. Na semana passada, consultores do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (Iepha) fizeram uma análise técnica do imóvel. A restauração pode ficar em torno de R$1 milhão. A igreja já havia passado por uma reforma devido a outra interdição também do Corpo de Bombeiros.

Acompanharam os trabalhos dos profissionais de Belo Horizonte, que fizeram o levantamento do grau de precariedade da igreja; os técnicos da Diretoria de Patrimônio Histórico (Dimep) da Prefeitura de Patos de Minas, Geenes Alves e Alex Castro Borges; o secretário municipal de Planejamento, Júlio Cezar de Castro Fonseca; o Ministério Público, representado pela promotora Vanessa Dosualdo, a Mitra Diocesana, que é a proprietária do imóvel, que teve como representante o padre Leandro Siqueira Silva; o vice-prefeito, Paulo Mota; a vereadora Béia Savassi e representantes da comunidade e do Conselho de Desenvolvimento Comunitário.

O laudo dos técnicos do Iepha deverá ser entregue à prefeitura em 60 dias para que, assim, seja possível elaborar uma estratégia de ação para intervenção no imóvel. “Essa avaliação será remetida para nós como uma orientação para dar segmento aos trabalhos que são emergenciais e prioridades. O que tem que ser feito, na verdade, é uma reunião com os agentes diretamente envolvidos: Mitra Diocesana, proprietária do bem; a Prefeitura, que se torna responsável pelo tombamento e a associação local, que é a grande interessada, para poder definir um programa de trabalho, de ações, para juntos, conseguirmos viabilizar recursos para fazer a restauração completa do imóvel”, esclareceu o diretor da Dimep, Geenes Alves.

Construído no século XIX, o imóvel já havia sido interditado em 2013 e, em 2016, chegou a passar por algumas reformas e reaberta. Este ano, houve nova interdição e, com um trabalho mais direcionado da Prefeitura, foi possível a realização de um levantamento feito por técnicos do Iepha, entre eles Fernando Roberto de Castro Veado, que salientou que é possível recuperar a igreja, mas que não se pode demorar muito para salvar o imóvel.

Segundo o diretor de Patrimônio Histórico de Patos de Minas, o caminho para o levantamento do montante necessário à restauração do imóvel, que pode girar em torno de R$1 milhão, dependendo dos procedimentos a serem feitos, deverá ser pelas leis de incentivo à cultura.

Fonte: Ascom Patos de Minas