Fórum Olympio Borges

O tribunal do juri condenou, na tarde dessa terça-feira (20), o servente Vilson Pereira da Silva de 40 anos a 5 anos, 8 meses e 22 dias de prisão pelo homicídio de um pedreiro no dia 30 de Dezembro de 2018. Os jurados derrubaram as qualificadoras apresentadas pelo Ministério Público e entenderam que Vilson praticou homicídio simples. Ele deverá cumprir a pena em regime semiaberto.

O julgamento do servente Vilson Pereira da Silva aconteceu no tribunal do júri do Fórum Olympio Borges. Ele foi levado a júri popular pelo homicídio do pedreiro Gelvane Gonçalves Maia, na época com 40 anos. O Ministério Público pediu a condenação por Homicídio com duas qualificadoras. Segundo o MP, Vilson agiu de modo que dificultou a defesa da vítima e também agiu por motivo torpe.

Entretanto, as qualificadoras não foram aceitas pelos jurados. A defensoria pública salientou que Vilson agiu em legítima defesa, o que também não foi acatado pelos jurados. Ao final, foi lida a sentença de 5 anos, 8 meses e 22 dias de reclusão em regime semiaberto. Vilson já estava preso no presídio Sebastião Satiro desde a época do homicídio.

O crime:

O fato aconteceu por volta das 20h40, na Rua Almir Silva Matos, em frente à casa de Vilson. De acordo com informações da Polícia Militar, após acionados, os policiais encontraram Gelvane caído ao solo com um corte de aproximadamente 10 centímetros entre a axila e as costelas. O SAMU foi até o local e socorreu a vítima em estado grave até ao Hospital regional. O pedreiro apresentava dificuldade para respirar e precisou ser entubado, chegando a perder a consciência. Ele passou por um procedimento de alto risco, mas acabou não resistindo.

Com sinais de embriaguez, Vilson relatou que saiu pela manhã com o amigo e no início da noite acabou sendo agredido por Gelvane com socos quando estavam em um bar. Vilson disse que o desentendimento aconteceu após cobrar R$50,00 de Gelvane. Os policiais verificaram que o servente apresentava escoriações nos lábios e supercílio e ainda inchaço no olho esquerdo.

Vilson foi para casa e ligou para o amigo que foi até a residência dele. O servente relatou que saiu à rua com uma faca usada para cortar palha de cigarro e teria sido surpreendido por uma “capacetada” na cabeça desferida pelo pedreiro. Uma testemunha confirmou o golpe de capacete. Vilson confessou que em seguida esfaqueou o amigo. Ele disse o seguinte para os militares: “depois que ele me acertou o capacete, fiquei cego, só pensei em enfiar a faca nele, acontece, o que acontecesse”.