O trabalho nesta terça-feira (11) foi apenas para concluir a construção da laje do segundo pavimento.

Ainda não vai ser desta vez que as obras do Campus da UFU de Patos de Minas serão concluídas. Sem dinheiro, a construção teve que ser interrompida de novo. O trabalho nesta terça-feira (11) foi apenas para concluir a construção da laje do segundo pavimento. A partir desta quarta-feira (12), todas as atividades no local serão paralisadas.

A novela em torno da construção do Campus da UFU em Patos de Minas parece não ter fim. As obras tiveram início em 2012, mas foram paralisadas por falhas no processo de doação do terreno na região dos 30 Paus. Foram quatro anos de paralisação até que todas as pendências fossem solucionadas.

No início de setembro do ano passado, após quatro anos de paralisação, uma nova ordem de serviço foi assinada, com direito a foguetório e muita campanha política. Mas as gestões das lideranças patenses junto ao Governo Federal para a liberação dos recursos  não foram adiante e o dinheiro disponível, cerca de R$ 2,5 milhões, já acabou.

O prédio multiuso com cerca de 5 mil m² com salas de aula, refeitório, laboratório e biblioteca já se mostra imponente, mas ainda está longe de ser concluído. A previsão de término em 420 dias e inauguração e transferência do Campus em 2018 ficará comprometida mais uma vez.

No mês passado, durante apresentação do Plano Diretor do Campus de Patos de Minas, o reitor da UFU, Valer Steffen, já havia demonstrado preocupação com a demora para a liberação dos recursos. Da obra de cerca de R$ 18 milhões, o Governo Federal liberou apenas R$ 2,5 milhões e ainda não pagou.

Sem a garantia de recursos, a reitoria da UFU não teve outra alternativa a não ser determinar a paralisação das obras. As máquinas foram retiradas nesta terça-feira. Os cerca de 20 profissionais que trabalhavam na construção foram dispensados, assim como as empresas terceirizadas que auxiliavam na execução do projeto. Enquanto não houver a liberação de recursos por parte do Governo Federal, as obras vão continuar paradas.