Secretaria de Saúde de Minas Gerais investiga 18 casos de síndrome nefroneural. Foto: Uarlen Valério / O Tempo

Sobe para quatro o número de mortes investigadas que podem estar relacionadas à síndrome nefroneural, segundo balanço da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais. Outros 14 casos de contaminação, com sintomas semelhantes mas que não houve morte, estão sob investigação.

Das quatro mortes sob investigação, em apenas um caso exames de sangue confirmaram a presença de dietilenoglicol na vítima. Paschoal Dermatini Filho, de 55 anos, bebeu Belorizontina em confraternização familiar às vésperas do Natal.

"Ele (o Paschoal) foi passar o Natal com a filha em Belo Horizonte. Dia 26 retornou a Ubá, onde mora, e no mesmo dia começou a sentir que não estava urinando. Procurou o médico e logo internaram. O quadro piorou e consequentemente já entrou com diálise e foi imediatamente transferido para Santa Casa de Misericórdia em Juiz de Fora", contou Marcos Demartini, de 49 anos, primo da vítima fatal, no dia 10.

As mortes de outras duas pessoas que estavam internadas na rede Mater Dei, em Belo Horizonte, e um morador de Pompéu, na região Central de Minas – todos com sintomas da síndrome nefroneural –, estão sob investigação e aguardam resultados dos exames.

Dos casos, 12 ocorreram em Belo Horizonte e os demais estão distribuídos em Nova Lima, Pompéu, São João Del Rei, São Lourenço, Ubá e Viçosa.

Considerando que foi encontrado dietilenoglicol na água usada na produção de cervejas da Backer, a Secretaria de Saúde emitiu recomendação para que nenhum produto da Backer seja consumido, independente de rótulo e lote.

Fonte: O Tempo