Hospital Regional Antônio Dias. ( Foto: Arquivo Patos Hoje )

Reportagem atualizada às 16h27 desta quarta-feira (01) para inserir a contra informação do paciente Antônio Carlos Castro.

O Patos Hoje mostrou nessa terça-feira (31), o drama vivido pelo decorador Antônio Carlos Castro. Com infecção na perna e risco até de perder o membro, o decorador desabafou contra as autoridades do município e o sistema de saúde que não conseguiam disponibilizar a cirurgia necessária para o sucesso do tratamento.

Carlos sofreu um acidente de trânsito em 2011, precisou implantar uma haste metálica para sustentar o osso da perna e desde o problema se agravou. A haste infeccionou e ele recebeu o diagnóstico de que seria necessário implantar uma prótese na perna. Sem conseguir o tratamento, o decorador recorreu à Justiça e teve decisão favorável em maio deste ano e mesmo assim não conseguiu fazer a cirurgia.

Com risco de perder a perna, o decorador fez um desabafo. “Quem dera eu ter um plano de saúde ou 200 mil pra fazer minha cirurgia e o meu tratamento. Enquanto aguardo igual a milhares de pessoas só me resta rezar muito pra Deus continuar me dando força pra conseguir trabalhar e suportar as dores que sinto direto”, disse.

Em nota, a assessoria de comunicação da Prefeitura afirma que a Administração Municipal não descumpriu a ordem judicial e alega que a cirurgia só não foi realizada ainda por decisão do próprio paciente. Veja a íntegra da nota:

“A Secretaria Municipal de Saúde, cumprindo a decisão judicial, encaminhou o paciente Antônio Carlos Castro para o Hospital Regional Antônio Dias e de acordo com os registros médicos, ele teve sua cirurgia agendada, mas precisava ficar internado por cerca de 30 dias, e não quis, assinando um termo de desistência no Hospital Regional, assumindo, assim, a responsabilidade de não aguardar pelo procedimento. Foi feito novo pedido para que o paciente fizesse novo risco cirúrgico, porém, sendo avisado, o paciente demorou cerca de 30 dias para retirá-lo”.

O importante, no entanto, é que um novo risco cirúrgico está marcado para 6 de novembro. “Espera-se que o paciente compareça e conclua os procedimentos”, conclui a nota.

Bastante revoltado com a resposta oferecida pela Prefeitura Municipal, Antônio Carlos Castro apresentou vários documentos e disse que jamais se recusou a fazer qualquer procedimento indicado pela Secretaria de Saúde. Ele informou também que em nenhum momento foi chamado para fazer a cirurgia. Tanto que entrou na Justiça.

Com relação à saída do Hospital Regional, Carlos disse que teria de se manter internado para fazer uma simples drenagem, o que não resolveria o problema. Nesse dia, com muitas dores, ele foi à Upa para receber medicação.