Reportagem atualizada às 16h39 desta quinta-feira (09)

A Prefeitura de Patos de Minas decidiu cortar gastos justamente com as pessoas que mais dependem de apoio do poder público. As lavadeiras que trabalham nas lavanderias comunitárias da cidade foram comunicadas pela Administração Municipal que vão ter que arcar com todas as despesas, criar uma associação e ainda poderão ter que desocupar o imóvel.

A lavanderia comunitária do bairro Lagoinha foi criada há 31 anos para gerar emprego e renda para a população. Na época, a Prefeitura disponibilizou o espaço, parte dos equipamentos e decidiu arcar com as despesas de água e luz para garantir o funcionamento do projeto. Atualmente 13 famílias sobrevivem do trabalho na lavanderia.

A dona Luzia Oliveira é uma das lavadeiras mais antigas. Ela trabalha na unidade há 27 anos e retira daqui todo o sustento da casa. Assim como ela, a maioria das lavadeiras e passadeiras trabalha na lavanderia há mais de 20 anos. Acostumadas com o trabalho e já em idade avançada, muitas não tem outra opção no mercado de trabalho.

As mulheres estão dispostas a dar a contrapartida para manter a Lavanderia, mas temem não poder cumprir o prazo estabelecido pela Prefeitura. Segunda elas, 05 de Dezembro foi a data limite informada pelo Secretário de Administração para que elas passem a arcar com as despesas de água e luz, que somadas chegam a R$ 4.805,44.

Nesse prazo, elas também deverão montar uma associação para manter a lavanderia e a Prefeitura ainda vai definir se será possível continuar cedendo a estrutura que pertence ao poder público.

A Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal informou que, de acordo com o Secretário de Administração José Martins Coelho, “os serviços da lavanderia não foram cancelados. Foi agendada uma reunião para a próxima semana com as representantes das lavadeiras para a regularização e criação da Associação, que irá assumir a manutenção da lavanderia, enquanto a prefeitura irá manter o apoio com o fornecimento sem ônus do local e dos equipamentos”.