A força tarefa foi composta por aproximadamente 200 policiais.

A Polícia Federal, com o apoio da Polícia Rodoviária Federal (PRF) e da Controladoria-Geral da União (CGU) deflagrou nesta quinta-feira (22) a operação Domiciano contra policiais rodoviários federais de Unidades Operacionais de Uberlândia, Araguari e Monte Alegre, todas localizadas no estado de Minas Gerais, suspeitos de praticar atos de corrupção contra usuários das rodovias que dão acesso a Uberlândia. A ação também envolve a prisão de quatro empresários e comerciantes da região.

A força tarefa – composta por aproximadamente 200 policiais (140 policiais rodoviários federais e 60 policiais federais) e sete auditores da Controladoria-Geral da União – cumpre 19 mandados judiciais de prisão preventiva e 33 mandados judiciais de busca e apreensão, nas cidades de Uberlândia, Canápolis, Monte Alegre, Itumbiara, Araguari, Centralina e Delfinópolis. As ordens foram expedidas pela 2ª Vara Criminal da Justiça Federal de Uberlândia.

As investigações apontaram que os policiais praticavam atos de corrupção contra usuários das rodovias com auxílio dos comerciantes e empresários. Haveria indícios de que os acusados solicitavam propina de cidadãos que transitavam de forma irregular, deixando de lavrar autos de infração e demais sanções administrativas cabíveis. Os empresários e comerciantes são suspeitos de obter vantagens na relação com os acusados, sendo priorizados para atendimento de acidentes e ocorrências, gerando lucro.

Os levantamentos iniciados pela Corregedoria da Polícia Rodoviária Federal em 2016 levaram à instauração de inquérito na Polícia Federal, que culminou na expedição dos referidos mandados. A Controladoria-Geral da União participou de análise da movimentação financeira e evolução patrimonial dos acusados, relação destes com outras pessoas físicas e jurídicas, além de fornecer levantamento de indícios de ilícitos administrativos.

Os presos foram encaminhados à Polícia Federal em Uberlândia e serão indiciados pelos crimes de corrupção passiva e associação criminosa, com penas que podem chegar a 15 anos de reclusão.

O nome DOMICIANO é relacionado a um antigo imperador romano (Tito Flavio Domiciano), do século I, que entrou para história pela sua intolerância com a corrupção no império romano.

Fonte: Ascom Polícia Federal