A Polícia Civil prendeu na manhã desta sexta-feira (11), João Carlos Fernandes, o quarto autor do assassinato de Gabriel Caetano dos Reis. Ele estava foragido e vinha sendo procurado pelos policiais. Dois autores, pai e filho, foram presos na segunda-feira (08), assim que a Polícia Civil teve certeza do assassinato ocorrido no ano passado. Leia mais! O terceiro acusado se apresentou à polícia na noite de ontem. Leia mais!

Após a prisão do autor que faltava, o delegado de homicídios Érico Rodovalho reuniu os quatro acusados para tentar descobrir onde está o corpo do adolescente. Os autores confessaram que atiraram no rosto de Gabriel, durante uma discussão, mas alegam que o corpo foi deixado em um bambuzal próximo ao Arraial dos Afonsos.

A investigação durou quase um ano. Segundo Érico Rodovalho, Gabriel foi testemunha presencial do assassinato de Maycon Borges de Sousa de 16 anos. Leia mais! Os dois eram amigos. Diante disso, no dia do velório, quatro parentes de Maycon chamaram Gabriel para conversar. Entraram em um carro e saíram com ele pelas ruas da cidade. Juntamente com Gabriel estavam no veículo Hélio, Higo, Altamir Vicente e João Carlos. Também estava no carro Felipe, que junto com Gabriel presenciou o homicídio de Maycon.

Após uma primeira conversa no interior do veículo, eles resolveram ir para um lugar mais afastado. Eles foram para o Bairro Belvedere, próximo ao Seminário Maior, onde há poucos moradores. Chegando lá, enquanto Hélio e João ficaram no interior do veículo, Higo e Altamir conversavam com Gabriel do lado de fora. Ao perceber que Altamir portava uma arma de fogo calibre .22, Gabriel se assustou e tentou escalar o muro do Seminário, não conseguindo, ele voltou em direção ao carro, quando Higo se apossou do revólver e disparou uma única vez acertando o maxilar de Gabriel. Altamir disse que era Higo quem portava a arma.

“Pensamos em levá-lo para o hospital, mas percebemos que ele não resistiria, não atirei com intenção de matar, apenas queria intimidá-lo a contar quem matou o Maycon” relatou Higo.

Mesmo com as prisões de Hélio José Souto, Higo Vinicios Gonçalves Souto, Altamir Vicente Fernandes e João Carlos Fernandes, o trabalho da Polícia Civil ainda não está concluído. Faltam localizar o corpo que teria sido jogado em um bambuzal próximo à localidade de Arraial dos Afonsos também a arma usada no crime. Os quatro autores alegam que o corpo foi deixado lá, mas segundo o delegado, um deles voltou ao local e retirou o adolescente de lá.

Existe inclusive uma versão de que o corpo do adolescente foi colocado em um saco com pedras e jogado no Rio Paranaíba.  Hélio, Higo, Altamir e João Carlos vão responder por homicídio qualificado e ocultação de cadáver.

Autor: Maurício Rocha