Todos os materiais apreendidos e relacionados foram encaminhados para a delegacia.

A Polícia Militar realizou mais uma prisão por tráfico de drogas nessa terça-feira (02). No final da noite, os policiais foram até um imóvel alvo de diversas denúncias e conseguiram flagrar o comércio de entorpecentes. Os policiais apreenderam pedras de crack e porções de cocaína, além de materiais para o preparo da droga. O acusado de promover o comércio de drogas no imóvel foi preso quando uma senhora de 56 anos foi flagrada tentando comprar crack no local.

O fato aconteceu por volta das 23h00, na Rua Antônio Wenceslau de Souza, Bairro Jardim Aquarius. De acordo com informações da Agência de Comunicação Organizacional da 10ª RPM, C. L. O, de 31 anos, é o dono do ponto de comércio de drogas, que é gerenciado atualmente por Marcos R. Q., de 37 anos. Essa situação vem, ao longo dos anos, causando transtornos para a comunidade local, que frequentemente denuncia e reclama da movimentação do tráfico de drogas.

Segundo a Polícia Militar, os policiais, durante patrulhamentos, costumam ver e abordar usuários de drogas nas imediações, sobretudo no período noturno. Marcos é sempre visto rondando a "boca" e alega que está morando ali de favor, porém é de conhecimento dos policiais que ele dorme e reside na Rua dos Cedros, e que vai até a "boca" apenas para vender entorpecentes no período noturno.

Sempre que é abordado, Marcos diz ser apenas usuário de crack. Nesta data, mais uma vez a equipe policial militar notou intensa movimentação de usuários nas imediações do Bairro Jardim Aquárius. Dessa maneira, os militares desembarcaram e monitoraram à distância o trânsito de pedestres. Primeiro foi visto o portão da "boca" se abrindo e saindo um homem, que olhou de forma ligeira para os lados e saiu acelerado com as mãos no bolso.

Instantes depois, surgiu outro homem pela rua escura, passos apressados, olhar atento à movimentação, bateu no portão, entrou rapidamente e saiu acelerado em direção a um canto escuro da rua. Não demorou muito para que um terceiro usuário de drogas surgisse. Ele fez como os dois anteriores, chegou ligeiro, sempre observando, bateu uma vez no portão, discretamente, e entrou. Não demorou mais que dois minutos e saiu com passos apressados e olhar fixo ao ambiente.

Assim que as ruas próximas ficaram vazias, os militares, ainda a pé, andaram até mais próximo do portão de entrada da casa. Os policiais se posicionaram em um recuo na entrada de uma casa quase ao lado e continuaram a observar a movimentação. Em instantes, surgiu uma senhora de 56 anos da Avenida das Paneiras. Ela ganhou o canto do muro perto e bateu no portão da "boca". Alguém a olhou pelo buraco do muro e abriu o portão para sua entrada rápida. O portão foi imediatamente fechado novamente. Porém, pela grande proximidade, os policiais militares conseguiram ouvir a conversa entre Marcos e a senhora.

O diálogo foi rápido e o portão se abriu novamente, sendo que Marcos levou a mulher até a calçada para que ela fosse embora. Nesse momento, os militares realizaram a abordagem. A mulher de 56 anos, identificada como sendo C. A. J. N., prontamente acatou e se posicionou para a abordagem. Marcos, ao contrário, tentou voltar correndo para dentro do imóvel, desobedecendo a ordem legal dos militares. Porém, utilizando de controle de contato, os militares conseguiram contê-lo.

Na mão esquerda dele havia R$9,00 em dinheiro. Na mão direita, havia uma pedra de crack, que ele rapidamente colocou no bolso direito da blusa que vestia. No bolso esquerdo da mesma blusa foram encontrados mais R$50,00, sendo duas notas de R$20,00 e uma nota de R$10,00. Não havia dúvida alguma que o tráfico já estava configurado. Não precisou de muito esforço para que os militares visualizassem mais ilicitudes.

Olhando pelo portão aberto, logo abaixo da abertura feita no muro para monitorar a aproximação da polícia militar, havia um móvel de madeira. Em cima desse móvel havia mais uma pedra de crack e algumas outras notas de R$2,00 amassadas. No corredor da casa, a cerca de 3 metros do portão, foi visto um embrulho branco caído ao solo. Os militares acessaram essa parte do imóvel e arrecadaram o objeto, sendo constatado se tratar de um pedaço de sacola contendo 29 pedras de crack e 3 porções de cocaína. Marcos foi questionado se havia mais materiais ilícitos na casa, tendo ele afirmado que não, mas que os militares poderiam comprovar sua versão. A residência não é, aparentemente, usada para moradia, tem apenas um colchão jogado em um dos quartos e um móvel de madeira. Nos demais cômodos, há poucos objetos.

Foram encontrados dois aparelhos celulares, que Marcos também negou conhecer quem seriam os donos. Dentro da casa ainda foram localizados 2 rolos de plástico filme, para embalagem de drogas, diversas embalagens plásticas pequenas, 01 lâmina com resquícios de droga, mais dinheiro, distribuído em cédulas e moedas. O dinheiro apreendido totalizou R$167,00. Em conversa com os militares senhora disse que foi até o local para comprar crack de Marcos, mas que não conseguiu comprar por não ter dinheiro suficiente. Marcos, por sua vez, disse que a senhora é sua amiga e que ela fora ali para visitá-lo, afirmando que é apenas usuário de drogas e que não sabe de onde surgiu tantas pedras de crack e dinheiro.

Os dois abordados foram conduzidos para a delegacia para explicar sua participação comércio de drogas. Todos os materiais apreendidos e relacionados foram também encaminhados para a delegacia.