O motorista do caminhão, Sérgio Eduardo Martins, de 43 anos, foi preso por falsa comunicação de crime.

O motorista de uma empresa de Contagem que veio fazer entregas em Patos de Minas acionou a Polícia Militar na manhã desta quarta-feira (27) dizendo que foi assaltado por dois homens armados e que permaneceu dopado no meio do mato por dois dias. Mas assim que a suposta vítima foi encontrada e passou a ser questionada pelos militares, a história do sequestro caiu por terra.

O caminhão foi encontrado em frente a um local conhecido como ponto de venda de drogas. O veículo estava aberto e faltando diversos materiais. Durante as diligências, os policiais receberam informações de que o caminhão estava estacionado no local há cerca de dois dias e que havia alguns indivíduos comercializando mercadorias que estavam no caminhão.

Diante das denúncias, a Polícia Militar conseguiu recuperar 13 caixas térmicas, quatro lixeiras e três mesas plásticas. Sete pessoas foram conduzidas para a Delegacia da Polícia Civil, sendo três por receptação e quatro por furto. Uma mulher que foi conduzida por furto, disse que conheceu o motorista do caminhão nas imediações do Mercado Municipal e que recebeu cinco caixas como pagamento de um programa sexual que fez com ele. O suposto marido dela confirmou a história.

O motorista do caminhão, Sérgio Eduardo Martins, de 43 anos, foi preso por falsa comunicação de crime e também por apropriação indébita. Segundo o tenente Lucas, ele é usuário de drogas e se envolveu com outros usuários no bairro Jardim Aquarius, tendo permanecido os últimos dois dias consumindo crack com dinheiro arrecadado com as mercadorias da empresa que trabalha e que deveriam ser entregues em supermercados de Patos de Minas.

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Não foi possível precisar a quantidade de materiais que foram furtados do caminhão, mas segundo o tenente Lucas quase metade da carga foi levada. A empresa providenciou outro motorista e o caminhão foi liberado para voltar para a cidade de Contagem. O policial chamou a atenção para o comportamento dos vizinhos. Segundo ele, o caminhão permaneceu por dois dias em frente a uma boca de fumo, sendo saqueado, sem que ninguém comunicasse a situação. Ele lembrou que as ligações podem ser feitas de forma anônima.