O trabalho da Associação Marias Artesãs foi reconhecido agora nacionalmente.

Dentre tantos prêmios, o trabalho da Associação Marias Artesãs foi reconhecido agora nacionalmente. Durante a 29ª Feira Nacional de Artesanato no Expô Minas em Belo Horizonte, ocorrida de 05 a 10 de Dezembro, as artistas patenses conquistaram por mérito o Prêmio “Mestres do Artesanato”.

Trinta e três artesãos de todo o Brasil concorreram na categoria Palha e fibras naturais. A Feira Nacional de Artesanato é considerada a maior do gênero na América Latina, tendo como realizadora o Centro Cape que é o responsável pelo trabalho e organização da grande mostra nacional produzida em todo o estado brasileiro.

A artista patense Marialda Coury, que foi escolhida para representar a Associação, ressaltou que, além da beleza de toda a produção diversificada é um contato direto com a arte popular produzida nas diversas regiões do país, além de oficinas de artesanato e roda de conversas.

Foram no total 1200 stands e 7.000 artesãos brasileiros. “As Marias fizeram a indicação do meu nome para representá-las onde apresentamos uma roda de conversa com depoimentos do nosso grupo além de coordenar uma oficina de flores de palha para as artesãs inscritas”, contou.

Marialda esteve com a presença do SEBRAE e representantes do Centro Cape, dos Estados de Maranhão, Distrito Federal e Minas Gerais. “Cada artesão contou sua história de vida além de colocar as dificuldades de cada região ou sua cidade para manter a chama de um trabalho em longo prazo”, concluiu.

Marialda Coury (Artista plástica e artesã)

Fundadora do Projeto Marias Artesãs na cidade de Patos de Minas, cidade conhecida cujo nome se destaca como a Capital Nacional do Milho. Uma região rica de solo fértil. Marialda é a idealizadora do Memorial do Milho, inaugurado em 11 de maio de 2002.

Dentro da mesma proposta de resgatar as raízes e a história do homem do campo, criou um grupo de mulheres fiandeiras, que mais tarde recebeu o nome de Marias Artesãs, transformada em entidade no ano de 2006.

É a responsável pelo grupo, onde coordena e cria as peças para as artesãs, já conhecidas em todo o Brasil. Por incrível que pareça são Marias até no nome: Maria Abadia, Maria de Lourdes, Maria Salete, Maria Conceição…

O grupo é abrigado dentro do Memorial Romero Queiroz Pereira- Memorial do Milho, com apoio da Fundação Casa da Cultura do Milho onde produzem nas oficinas durante a semana: bonecas de palha, flores de diferentes formas e arte sacra.

Um grupo unido que representa sua terra e são as guardiãs deste trabalho de preservação das tradições. No ano de 2017, o grupo completou 15 anos com a edição de um livro que conta a história do artesanato na terra do milho: “Marias Artesãs 15 anos”.