Quem foi até a UPA na tarde desta segunda-feira (29) ou teve que enfrentar horas e horas na fila.

Reportagem atualizada às 11h50 desta terça-feira (30)

A insatisfação da população com o serviço público de saúde em Patos de Minas tem sido motivo de indignação. Nossa equipe de reportagem foi até a UPA do Jardim Peluzzo e registrou um pedido de providência de pacientes do local. Segundo eles, o tempo de espera para ser atendido é muito grande e a unidade não está oferecendo o serviço médico necessário.

Quem foi até a Unidade de Pronto Atendimento na tarde desta segunda-feira (29) ou teve que enfrentar horas e horas na fila ou teve que ir embora mesmo sentindo dor. É o caso da Maricélia Conceição de Oliveira Rodrigues. Ela estava com o filho de 16 anos esperando atendimento desde as 12h00. “Ele está sentindo fortes dores na região da bacia, a gente está aqui esperando há cinco horas. Isso é um descaso com a gente, nós estamos com fome e cansados”.

Ela ainda conta que foi até a UPA na noite de ontem: “Eu trouxe ele aqui ontem, nós ligamos pro SAMU e eles disseram que não podiam busca-lo lá em casa, a gente ficou aqui esperando até 23h00, aí o pessoal deu uma injeção nele para tirar a dor e mandou ele pra casa. Ele não está aguentando de dor aí eu tive que trazer ele hoje de novo e estamos aqui até agora esperando atendimento”.

Elaine Borges é outra paciente indignada com o atendimento da UPA. A auxiliar de serviços gerais contou que deixou as filhas em casa para poder procurar atendimento médico. “O que eles estão fazendo com a gente é uma falta de respeito sabe, é um descaso com a população. Eu deixei minhas quatro filhas em casa, perdi um dia de serviço, estou sentindo dor e aqui não tem médico para atender a gente”.

De acordo com Elaine e Maricélia, o ortopedista responsável por atender os pacientes da UPA foi embora e os deixou esperando atendimento. Elas disseram que o horário previsto de atendimento é de 12h00 às 16h00 e que a partir de 15h00 já não teve mais atendimento. Ao procurar uma satisfação, elas disseram que receberam respostas ríspidas.

“A gente foi perguntar o que tinha acontecido, porque ele não estava atendendo e as moças ali disseram que se ele não fosse atender mais ele falaria e que elas não sabiam de nada sobre os médicos”, disse Elaine. As pacientes também questionaram a mudança da ortopedia para a UPA. “Porque tirou do Regional? A gente chegava lá e era atendido rapidinho, aí agora passou pra cá e nós somos tratados dessa forma”.

A Assessoria de Comunicação da Prefeitura Municipal de Patos de Minas informou que, “segundo informação da coordenação da Unidade de pronto atendimento, não faltou médico na Upa nessa segunda-feira (29). O ortopedista e os 4 médicos clínicos trabalharam normalmente. O que houve é que muitos casos de emergência e urgência surgiram durante fim de semana e como aguardavam transferência, já internados na Upa, foram atendidos primeiro”.