Os delegados da Polícia Civil apresentaram o resultado em reunião virtual com os jornalistas.

A Polícia Civil concluiu nesta terça-feira (06) o inquérito do assassinato da morte do ex-presidente da Câmara Municipal de Patrocínio, Cássio Remis. O ex-secretário de obras e irmão do atual Prefeito, Jorge Marra, foi indiciado por homicídio duplamente qualificado, roubo majorado por concurso de pessoas e porte ilegal de arma de fogo. Ele continua preso no Presídio Sebastião Satiro, em Patos de Minas.

O Delegado Regional da Polícia Civil de Minas Gerais em Patrocínio, Valter André, delegado titular da Delegacia de Furtos e Roubos, Renato Mendonça e a delegada titular da Delegacia de Homicídios, Ana Beatriz de Oliveira Brugnara, apresentaram o resultado em reunião virtual com jornalistas de todo o país.

O entendimento dos delegados foi de que não houve crime político. O delegado regional destacou que não aceitou qualquer influência política nos procedimentos. O inquérito resultou em 380 páginas com 25 oitivas e 15 laudos periciais. O inquérito foi entregue no Fórum por volta das 14h00 desta terça-feira (06).

Jorge Marra então foi indiciado por homicídio qualificado pelo motivo fútil devido às discussões política com até afronta ao estado democrático de direito com motivação desproporcional e também por dissimulação. Ele também foi acusado de porte ilegal de arma de fogo, visto que ficou comprovado que já estava no porte do revólver por mais de 24 horas.

O ex-secretário também vai responder por roubo do celular, majorado pelo concurso de pessoas, já que o motorista atuou para o crime. O aparelho celular de Cássio Remis ainda não foi localizado. Nesse caso, os delegados mencionaram que um adolescente filho de uma pessoa aliada de Jorge Marra chegou a tentar acessar o conteúdo do celular de Cássio Remis. A Polícia Civil não conseguiu as senhas do aparelho, por isso não acessou o material através da operadora.

O motorista que retirou a caminhonete para a fuga de Jorge Marra responderá por favorecimento pessoal e também pelo crime de roubo. O Prefeito Deiró Marra não foi ouvido pela Polícia Civil. O ex-prefeito Júlio Elias foi ouvido e disse que tinha conhecimento de outras ameaças que Cássio Remis havia recebido.