Delegado da Polícia Civil, Érico Rodovalho.

As investigações referentes à morte da dentista Roberta Pacheco ainda não foram concluídas. O inquérito já chega a 700 páginas e muitos procedimentos técnicos continuam em andamento. Já foi pedida a prorrogação da prisão do médico Daniel Tolentino, que está preso desde o dia 18 de março. O prazo termina na próxima semana.

O Patos Hoje conversou nesta sexta-feira (12) com o delegado da Polícia Civil, Érico Rodovalho, autoridade policial que preside o inquérito. Sem aprofundar no que já foi identificado, o policial falou sobre as investigações. Como o caso é muito complexo, ele representou para a prorrogação da prisão temporária do médico e a decisão deve sair até o meio da semana.

Os primeiros 30 dias terminam na quarta-feira (17). Nesta data, é aguardada a decisão judicial que pode determinar a continuidade da prisão por mais 30 dias ou a soltura do médico. O delegado informou que já foram ouvidas mais de 50 pessoas e vários exames médicos foram realizados para descobrir como tudo aconteceu antes, durante e depois dos fatos.

As investigações também apuram o conteúdo dos equipamentos eletrônicos que foram apreendidos no dia da prisão. Notebook, smartphones e pen drives estão sendo analisados. O policial preferiu não falar sobre o que já identificou, mas adiantou que há muito material no celular do investigado e isso pode esclarecer muitas situações.

Com relação ao celular da vítima, o policial explicou que o aparelho ainda não foi encontrado. Nem todos os exames toxicológicos também não foram concluídos. O policial não adiantou por quais crimes Daniel Tolentino deve responder e espera ter todas as informações para decidir como a Polícia Civil vai manifestar no caso.

O caso teve uma grande repercussão em todo o estado. A dentista Roberta Pacheco acabou falecendo após ficar 12 dias em coma no Hospital Regional. Com convulsões, ela havia sido socorrida pelo SAMU que foi acionado pelo médico em um hotel nas proximidades do Terminal Rodoviário. Hematomas foram identificados no corpo da vítima.

A principal linha de investigação é de que Roberta tenha sofrido uma overdose, o que não é motivo para condenação nem inocência do médico. As investigações devem apontar se a overdose aconteceu de forma voluntária ou não. O delegado indicou que outros crimes também estão sendo avaliados.