Os incêndios na Floresta Amazônica brasileira aumentaram em outubro e o número de queimadas subiu 25% nos primeiros 10 meses de 2020 em comparação com um ano atrás, mostraram neste domingo dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

Outubro registrou 17.326 focos de queimada na maior floresta tropical do mundo, mais que o dobro do número de incêndios detectados no mesmo mês do ano passado. A destruição da floresta aumentou desde que o presidente Jair Bolsonaro assumiu o cargo em 2019.

O presidente diz que deseja desenvolver a região para tirá-la da pobreza, enquanto defensores do meio ambiente alegam que suas políticas encorajam madeireiros ilegais, mineradoras e grileiros.

O número de incêndios até agora neste ano é o mais alto em uma década. Apenas nos primeiros 10 meses do ano, 2020 ultrapassou o número total de incêndios em todo o ano de 2019, quando a destruição atraiu atenção do mundo todo e críticas sobre como o Brasil não estava fazendo o suficiente para proteger a floresta.

O grupo de defesa ambiental WWF-Brasil culpou o governo por não conseguir impedir aqueles que destroem a floresta.

“Com a taxa de desmatamento aumentando nos últimos anos, o governo tem ignorado os alertas dos pesquisadores: desmatamento e incêndios florestais andam juntos”, afirmou a WWF-Brasil.

Os incêndios no Pantanal também aumentaram em outubro na comparação com o ano anterior, de acordo com o Inpe, registrando o maior número de incêndios este ano desde que os registros começaram em 1998.

Fonte: Reuters