Paciente com suspeita de Covid-19 sendo transferido para o Hospital Regional. (Foto: Arquivo Patos Hoje )

Pacientes infectados pelo novo coronavírus que tiverem a situação de saúde agravada e que necessitarem de uma vaga de UTI na rede pública correm o risco de não serem atendidos. O percentual de ocupação dos leitos de UTI do Hospital Regional Antônio Dias chegou a 90% na tarde desta quarta-feira (10). A situação é dramática e o motivo é de preocupação.

O Hospital Regional possui apenas 10 leitos de UTI para pacientes da Covid-19. Na semana passada, a Unidade de Terapia Intensiva também chegou a ter 90% da capacidade ocupada, mas alguns pacientes receberam alta e amenizou o risco de colapso. Entretanto, na tarde desta quarta-feira (10), com a chegada de mais pacientes, a situação voltou a se agravar.

A maior preocupação é porque o Hospital Regional Antônio Dias é referência para 33 municípios e uma população de cerca de 700 mil habitantes. Como o número de casos confirmados de coronavírus vem crescendo em toda a região, a tendência é de aumento na procura por leitos clínicos e de UTI.

A Superintendência Regional de Saúde adiantou que está fazendo várias tentativas, no sentido de ampliar a oferta de leitos de UTI, bem como de leitos clínicos, para uso exclusivo para a assistência a pacientes confirmados ou com suspeição de COVID-19, para a macrorregião Noroeste. A intenção é de instalar leitos de UTI, somente para o atendimento COVID-19, em Unaí, João Pinheiro, São Gotardo e Patos de Minas.

O grande problema é a falta de equipamentos. “Apesar do Estado de Minas Gerais ter feito uma compra grande de respiradores, eles ainda não foram entregues e a previsão é que sejam disponibilizados de forma parcelada”, diz a nota.

Para não correr o risco de precisar de uma vaga de UTI e de não encontrar, a orientação é para que as pessoas se previnam e evitem o risco de contaminação pelo novo coronavírus.