Em meio a um impasse entre a Casa a Branca e a oposição democrata, a atual paralisação parcial da máquina estatal americana, também chamada de shutdown, entrou no 22º dia neste sábado (12), sendo a mais longa da história dos EUA. O recorde anterior havia ocorrido em 1966, no governo do ex-presidente Bill Clinton.

Os democratas se recusam a aprovar a destinação de US$ 5,7 bilhões para a construção de um muro na fronteira com o México para frear a imigração ilegal, uma das principais promessas de campanha de Donald Trump.

Em resposta, o presidente se recusou a assinar orçamentos de vários departamentos governamentais não relacionados com a disputa. Como resultado, cerca de 800 mil funcionários – de agentes do FBI a controladores do tráfego aéreo e funcionários de museus – não receberam salários nesta sexta-feira.

No mesmo dia, Trump recuou da ameaça de declarar estado de emergência no país caso o impasse com os democratas não fosse resolvido, o que lhe daria poderes para driblar o bloqueio do Congresso.

"Não vou fazer isso tão rápido assim", disse o presidente. Ele afirmou que declarar estado de emergência seria a maneira mais fácil de acabar com a paralisação do governo, mas que o Congresso precisa assumir a responsabilidade de aprovar os US$ 5,7 bilhões.

Opositores afirmam que uma manobra unilateral do presidente em relação à questão da fronteira seria um abuso constitucional e estabeleceria um perigoso precedente para controversas semelhantes.

Fonte: Agência Brasil