O entrevistado dessa semana no Jornal da Manhã Patos da Jovem Pan foi o Dj e voluntário da associação amor exigente, Willer Lopes. Ele foi convidado para falar um pouco sobre dependência química e ressaltou a importância da família e do círculo de amizades para que uma pessoa não entre no vício. O patense falou sobre suas experiências e o que fez para abandonar o uso de substâncias químicas.

Willer Luís Lopes é ex-cabo do exército brasileiro, DJ em Patos de Minas e voluntário da associação amor exigente. Em conversa com Edilson Guimarães e Cintia Guimarães no Jornal da Manhã Patos, ele disse que a principal porta de entrada para outras drogas é o álcool. Segundo ele, é preciso trabalhar para que, principalmente, o jovem aprenda a dizer não quando alguém oferecer alguma substância química seja ela bebidas, cigarros ou drogas.

Willer contou também que uma vez dependente, é muito difícil se livrar do vício e é preciso que a família tenha muita paciência e compreensão. “É preciso haver mudança não só no comportamento, mas nas coisas de casa também. Quando um familiar aceita se tratar e está a ponto de voltar para casa é preciso que ele encontre mudanças”. Perguntado qual é o método mais eficaz para se curar de um vício, ele disse que quando a própria pessoa aceita que está doente é mais fácil e as chances de livramento são bastante significativas, mas quando a pessoa não aceita, a internação obrigatória se faz necessária e aí o tempo de adaptação e de recusa pode agravar a situação.

Willer disse ainda que se curou há cinco anos da dependência química. “Pra gente aceitar a doença é muito simples, agora, para a sociedade aceitar é complicado. Você é julgado o tempo inteiro e nós sabemos que, até mesmo em uma festa de aniversário, comemorando um ano de idade, tem que ter bebida se não certos parentes não vão”. Além disso, Willer destacou a importância da conversa familiar no processo de vida. “É preciso diálogo no ceio familiar desde pequeno, pois a bebida se vende até na padaria e a própria pessoa é quem precisa se negar a consumir”.