O Brasil deve produzir um recorde de 120,06 milhões de toneladas de soja na atual safra 2018/19, cujo plantio foi praticamente encerrado, e a cultura deve contribuir para que o país tenha uma colheita também histórica de grãos e oleaginosas, num total de 238,4 milhões de toneladas, projetou a Conab nesta terça-feira.

De acordo com a Companhia Nacional de Abastecimento, a estimativa para a produção de soja é cerca de 2 milhões de toneladas superior ao ponto médio do intervalo previsto em novembro e também fica acima dos 119,3 milhões de toneladas registrados em 2017/18.

Maior exportador global, o Brasil semeou 1,8 por cento mais soja neste ano, com quase 36 milhões de hectares, disse a Conab.

Conforme a companhia, outras culturas também deverão ter incremento de produção.

No caso do milho, a safra total 2018/19 está estimada agora em 91,10 milhões de toneladas, de 90,48 milhões considerados em novembro e 80,78 milhões no ciclo anterior, que foi marcado por adversidades climáticas.

Do total previsto para a temporada vigente, 27,36 milhões de toneladas deverão ser de primeira safra, colhida no verão, e 63,73 milhões de segunda safra, a “safrinha”, que ainda será plantada e terá sua colheita realizada em meados do próximo ano.

A produção de algodão (pluma), segundo a Conab, também deverá aumentar, para um recorde de 2,36 milhões de toneladas, ante expectativa de 2,24 milhões em novembro e 2 milhões no ano passado.

Com isso, a safra total de grãos e oleaginosas do Brasil em 2018/19 deve alcançar um recorde de 238,4 milhões de toneladas, superando a maior marca anterior, de 237,67 milhões, vista em 2016/17. Em novembro, a Conab falava em uma colheita total de 235,8 milhões de toneladas.

“Os principais produtos responsáveis por esses números são soja, milho, arroz e algodão, as maiores culturas do país, que juntas correspondem a 95 por cento da produção total”, resumiu a Conab em seu levantamento.

A companhia também disse que “as condições climáticas apresentadas até agora, em todas as regiões produtoras de grãos, estão influenciando positivamente nas produtividades”.

Fonte: Agência Reuters