Causada por uma tristeza profunda ou uma emoção negativa muito forte como o fim de um casamento, a descoberta de uma traição, um acidente ou a perda de um familiar querido, a síndrome tem sintomas parecidos com infarto, como dor no peito, falta de ar, tontura e vômitos.

Embora a causa seja emocional, ela provoca mau funcionamento temporário no coração.

A doença é recente e foi descoberta em 1990 por médicos japoneses. Os sintomas surgem após uma situação de grande estresse. "É como se o excesso de adrenalina liberada por esse impacto emocional  “partisse o coração”. Na verdade, o ventríloco esquerdo fica parado na sístole, que é a contração muscular das câmaras cardíacas. Ele não se contrai e acaba assumindo uma forma balonada, que imita a armadilha usada no Japão para capturar polvos. Por isso a doença foi batizada lá de cardiomiopatia de Takotsubo: tako (polvo) + tsubo (pote)", explica o médico.

A incidência é maior entre as mulheres, principalmente na fase de pós-menopausa, após os 55 anos. A hipótese é que isso ocorra pela redução dos níveis de estrogênio e, consequentemente, do seu efeito protetor do endotélio, que é a camada interna das artérias.

Sobre DR. Neif Musse

Formado em Medicina pela Universidade Federal de Juiz de Fora e mestre pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro, Neif Sathler Musse completa 34 anos de profissão em 2018. Com especialização em cardiologia e geriatria e gerontologia, tem forte vivência em docência médica, sendo criador da "Escola de Aperfeiçoamento Médico" e de um método diferenciado para o ensino de eletrocardiografia, que já capacitou mais de 15 mil profissionais de Saúde no Brasil, a maioria deles nas áreas de cardiologia, medicina intensiva, anestesiologia e clínica médica.

Além das aulas, o médico realiza atendimentos em consultórios no Rio de Janeiro e Juiz de Fora e faz questão de manter visitas regulares, em domicílio, aos pacientes idosos, por acreditar na importância da relação próxima entre o médico e o paciente como fator decisivo no processo terapêutico. A agenda se completa com plantões semanais em unidade cardiointensiva

Fonte: Dr. Neif Musse